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Fraca demanda na China e boa performance de Adidas impactam marca: desenvolvimento estratégico direto, só redução anual, recuo no mercado, baixa receita, crescimento limitado, endividamento, simplificação, demissões, baixa participação física e digital, capazes de trazer promoções, diminuição de tráfego em lojas.
A empresa Nike divulgou hoje uma redução inesperada nas projeções de vendas para o ano fiscal de 2025, após resultados abaixo do esperado no último trimestre fiscal revelarem desafios em sua participação de mercado e na estratégia de vendas diretas ao consumidor. As ações da Nike registraram uma queda de 12% no after-market, refletindo a preocupação dos investidores com o desempenho da marca.
Os esforços da renomada fabricante de roupas esportivas para impulsionar as vendas através de seu canal direto ao consumidor não alcançaram os resultados esperados, com os consumidores demonstrando maior cautela em relação a compras não essenciais. A Nike agora projeta uma diminuição de receita anual de um dígito, contrastando com as expectativas de crescimento. A desaceleração nas vendas totais e na Nike Direct representa um desafio significativo para a empresa, que busca estratégias para reverter essa tendência.
Desenvolvimento da Nike em meio a Desafios no Mercado de Roupas Esportivas
A empresa Nike está atualmente focada no desenvolvimento de estratégias diretas para enfrentar o enfraquecimento de sua participação no mercado de roupas esportivas. O analista de ações da CFRA Research, Zachary Warring, expressou preocupação com o recuo da Nike em relação aos tênis Gazelle e Samba da Adidas, fabricante que vem ganhando impulso com a demanda por seu estilo retrô.
Apesar de ter elaborado um plano de simplificação de seu portfólio, a Nike ainda enfrenta desafios para reanimar a demanda. A inovação e o lançamento de novas linhas de produtos são processos que demandam tempo, conforme observado por analistas do setor. A receita anual da Nike registrou uma redução de 1,71%, totalizando US$ 12,61 bilhões, abaixo da estimativa média dos analistas.
No entanto, o plano de redução de custos de US$ 2 bilhões da empresa, que incluiu demissões em massa, contribuiu para que a Nike alcançasse um lucro ajustado de US$ 1,01 por ação, superando as expectativas. A empresa tem enfrentado desafios em mercados internacionais, como a China, onde o tráfego nas lojas físicas apresentou uma queda de dois dígitos em relação ao ano anterior.
Os ventos contrários, como a fraqueza nos negócios digitais, o tráfego moderado nas lojas físicas e as promoções mais elevadas, devem impactar de forma mais pronunciada o desempenho da Nike no ano fiscal de 2025, de acordo com o diretor financeiro, Matthew Friend. A empresa prevê uma redução de cerca de 10% na receita do primeiro trimestre fiscal, em comparação com as expectativas de queda de 3,16%.
Fonte: © CNN Brasil