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Quadro provoca danos profissionais, affetivos e familiares, quando ansiedade intensa causa preocupação com perdas, falta de sinal e comprometimento de atividades. Sintomas físicos incluem pânico, verificação constante e ausência de bateria.
A dependência excessiva dos dispositivos móveis na rotina das pessoas gerou um novo obstáculo de saúde: a nomofobia, um temor irracional de ficar sem o telefone celular.
Esse medo exacerbado de ficar desconectado do mundo virtual é um reflexo da sociedade moderna, onde a fobia em relação ao telefone móvel se tornou uma realidade cada vez mais presente.
Nomofobia: a fobia do telefone móvel
O termo ‘nomofobia’, derivado da expressão ‘no mobile phone phobia’, descreve a ansiedade intensa que pode surgir ao perder o acesso ao telefone móvel. Para muitas pessoas, o celular se tornou uma válvula de escape, facilitando a comunicação, o acesso à informação e até a realização de tarefas diárias. O medo de ficar sem o aparelho pode se manifestar de várias maneiras, como a preocupação com a perda do dispositivo, a falta de bateria ou a ausência de sinal.
A síndrome de abstinência por antidepressivos é um exemplo de como a nomofobia pode afetar a saúde mental, exigindo atenção. Marcos Gebara, psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), destaca que a nomofobia se torna uma doença quando começa a prejudicar a vida profissional, afetiva e familiar. Sintomas como ansiedade, pânico, verificação constante do celular, comprometimento de atividades importantes e preocupação excessiva são sinais de alerta.
Identificar a nomofobia pode ser desafiador, pois seus sintomas podem ser confundidos com comportamentos comuns no uso de celulares. No entanto, sinais como palpitações, suor excessivo, tremores e dificuldade para respirar ao ficar sem o aparelho indicam uma dependência emocional e psicológica. A nomofobia é classificada como uma fobia no CID 10, podendo evoluir para outros transtornos, como depressão e síndrome do pânico.
A dependência do celular também pode levar ao isolamento social, prejudicando as interações presenciais. Tanto crianças quanto adultos estão vulneráveis à nomofobia, ressaltando a importância de conscientização e equilíbrio no uso dos dispositivos móveis. É fundamental buscar ajuda profissional caso a nomofobia afete significativamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional.
Fonte: © CNN Brasil