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Documento europeu amplia avaliação da entidade, além do IMC considera indíceis de saúde como relação cintura/quadril, adiposidade total, presença de comorbidades. Sociedade Europeia para Estudo da Obesidade (AESO) e Abeso envolvidos. (146 caracteres)
A obesidade é uma questão de saúde pública que impacta milhões de indivíduos em todo o mundo, sendo considerada uma condição crônica que requer atenção contínua. A conscientização sobre os riscos associados à obesidade tem aumentado, levando a um maior foco na prevenção e no tratamento dessa condição.
Além disso, o sobrepeso é frequentemente um precursor da obesidade, destacando a importância de abordar esses problemas de saúde de forma abrangente e personalizada. A promoção de hábitos saudáveis e a busca por um equilíbrio no estilo de vida são essenciais para combater tanto o sobrepeso quanto a obesidade de forma eficaz.
Novas Abordagens para o Diagnóstico da Obesidade
As mudanças propostas recentemente têm o potencial de revolucionar a maneira como a medicina encara a obesidade, uma condição que afeta significativamente a saúde de um grande número de pessoas. De acordo com dados da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), cerca de 20% da população brasileira é afetada por essa condição.
A classificação atual da obesidade se baseia principalmente no Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso de uma pessoa pela sua altura ao quadrado. Um IMC entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso, enquanto um IMC de 30 ou mais é classificado como obesidade. No entanto, críticas têm sido feitas em relação a essa abordagem simplista, que não leva em consideração outros fatores importantes, como a distribuição de gordura corporal e a presença de comorbidades como diabetes e hipertensão.
A Sociedade Europeia para o Estudo da Obesidade (AESO) propôs um novo olhar sobre a classificação da obesidade, sugerindo a inclusão de outras medidas além do IMC. Entre essas métricas, destacam-se a relação cintura/quadril e a adiposidade total, que podem fornecer uma visão mais abrangente da condição de saúde de um indivíduo.
Segundo Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), essa abordagem mais abrangente pode resultar em diagnósticos mais precisos e confiáveis para a obesidade. Pessoas com IMC acima de 25, atualmente consideradas com sobrepeso, podem ser diagnosticadas com obesidade levando em conta outros fatores, como a relação cintura/quadril e a quantidade de gordura corporal.
A proposta da AESO também recebe apoio da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), cujo presidente, o endocrinologista Bruno Halpern, destaca a importância de ampliar os critérios de diagnóstico da obesidade. A inclusão de parâmetros como circunferência abdominal e condições médicas específicas pode identificar com maior precisão os indivíduos em risco e garantir um tratamento adequado.
Além das diretrizes da AESO e da Abeso, uma nova abordagem proposta pela SBEM recomenda a consideração do histórico de peso máximo e da porcentagem de perda de peso alcançada na vida do paciente. Essa perspectiva adicional no controle da obesidade destaca a importância de uma perda de peso moderada para melhorar a saúde e orientar tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde no tratamento da condição.
Fonte: @ Veja Abril