Medicamento avançado para tratamento de mutações genéticas raras (F508del no gene CFTR) em pacientes acima de 6 anos, distribuído pela SUS a partir de semanas por meio de acordos Conitec: Elexacaftor, Tezacaftor, Ivacaftor – terapia triple. Médicos orientarão sobre hidratação e limpeza do muco. (146 caracteres)
Uma nova abordagem de terapia avançada para fibrose cística está revolucionando o tratamento da doença, oferecendo esperança e qualidade de vida aos pacientes. A recente inclusão dessa modalidade de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) representa um marco importante para a saúde pública, atendendo à crescente demanda por opções mais eficazes.
Além disso, a terapia moderna para fibrose cística tem mostrado resultados promissores em estudos clínicos, destacando-se como uma alternativa inovadora e promissora para os pacientes. A disponibilidade dessa abordagem terapêutica abre novas possibilidades de tratamento e reforça o compromisso com a melhoria contínua da qualidade de vida dos indivíduos afetados pela doença.
Terapia avançada para fibrose cística: um novo horizonte para pacientes
Submetido à consulta pública e aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no ano anterior, o Trikafta é uma terapia moderna para fibrose cística indicada para pacientes com mais de 6 anos que possuem ao menos uma mutação genética rara afetando os pulmões e o pâncreas, condição que pode ser fatal. A terapia tripla, composta por Elexacaftor, Tezacaftor e Ivacaftor, foi autorizada nos Estados Unidos há cinco anos e está presente em mais de 60 países. De acordo com a empresa de biotecnologia Vertex, o Brasil é pioneiro na América Latina em disponibilizar o medicamento no sistema público de saúde.
A entrega do Trikafta ao Ministério da Saúde, para distribuição aos centros especializados, está prevista para as próximas semanas. Estima-se que cerca de 1.700 pacientes se beneficiarão com a inclusão desse medicamento, recomendado para indivíduos com ao menos uma mutação F508del no gene modulador CFTR. No Brasil, aproximadamente 6.200 pessoas convivem com a fibrose cística.
A terapia avançada para fibrose cística, agora acessível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), representa um avanço significativo, oferecendo uma nova alternativa terapêutica para pacientes e suas famílias, conforme destaca Margareth Dalcolmo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). A médica e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressalta a importância do medicamento para a saúde global dos pacientes, proporcionando uma melhor qualidade de vida para aqueles diagnosticados com a condição.
Médicos em todo o país estão entusiasmados com essa inovação tão aguardada, que promete revolucionar o tratamento da fibrose cística. O Trikafta atua na proteína CFTR, corrigindo sua função defeituosa nos pacientes, aumentando sua presença e atividade na superfície celular. Além disso, a droga inclui um componente que potencializa a capacidade dessa proteína de transportar sal e água através da membrana celular, contribuindo para a hidratação e limpeza do muco espesso característico da doença nas vias respiratórias.
A fibrose cística, uma doença genética rara que afeta mais de 92 mil pessoas globalmente, é uma condição progressiva marcada pela produção de muco viscoso e aderente, responsável por infecções pulmonares crônicas, danos nos pulmões e, em casos extremos, óbito. No Brasil, a expectativa de vida dos pacientes gira em torno dos 21 anos. A condição surge de mutações no gene CFTR transmitidas tanto pela mãe quanto pelo pai, resultando em um desequilíbrio no transporte de sal e água nas células de diversos órgãos, como pulmões, fígado, pâncreas, trato gastrointestinal, seios nasais, glândulas sudoríparas e sistema reprodutor.
Fonte: @ Veja Abril