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Proposta da AESO: IMC insuficiente para diagnosticar/controlar obesidade. Necessário reconhecer níveis de magreza, sobrepeso e graus de obesidade, considerando distribuição de gordura corporal (abdominal), risco aumentado e complicações. Trabalho dos profissionais de saúde. IMC: índice de massa corporal, insuficiente.
A obesidade é uma condição de saúde cada vez mais presente na sociedade atual, sendo um fator de risco para diversas doenças crônicas. O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida amplamente utilizada para identificar a obesidade, auxiliando os profissionais de saúde no acompanhamento e tratamento dos pacientes.
Além disso, o IMC também pode indicar níveis de gordura corporal, fornecendo informações importantes sobre a composição física de uma pessoa. É essencial monitorar o IMC regularmente para prevenir problemas relacionados à obesidade e manter um estilo de vida saudável.
Reconhecimento da Importância do IMC na Avaliação da Obesidade
No entanto, um estudo recente publicado na Nature Medicine destaca a necessidade de revisão dos critérios de diagnóstico e tratamento da obesidade. Os profissionais de saúde da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (AESO) propõem uma abordagem mais abrangente, considerando não apenas o Índice de Massa Corporal (IMC), mas também a distribuição da gordura corporal.
A Evolução do Diagnóstico da Obesidade
Os especialistas argumentam que o IMC isoladamente não é suficiente para identificar a obesidade, enfatizando a importância da gordura abdominal na saúde. O acúmulo de gordura na região abdominal está associado a um maior risco de complicações cardiovasculares, mesmo em indivíduos com IMC considerado dentro da faixa de sobrepeso.
Novas Perspectivas no Tratamento da Obesidade
O novo modelo de diagnóstico proposto destaca a relevância da gordura abdominal como um fator de risco significativo, mesmo em pessoas com IMC abaixo dos valores tradicionalmente associados à obesidade. A inclusão de critérios adicionais, como complicações médicas e funcionais, visa reduzir o subtratamento de pacientes com potencial risco de desenvolver doenças relacionadas à obesidade.
Abordagem Ampliada para o Diagnóstico de Obesidade
Profissionais de saúde, como Paulo Miranda da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, apoiam a nova abordagem, que considera a obesidade como uma condição complexa e progressiva. A avaliação do risco de obesidade agora leva em conta não apenas o IMC, mas também a distribuição da gordura corporal e outros fatores de saúde.
Ampliação dos Critérios de Diagnóstico da Obesidade
Seguindo as diretrizes da AESO, pessoas com IMC acima de 25 podem ser diagnosticadas com obesidade se apresentarem alterações na relação cintura/quadril e excesso de gordura abdominal. Bruno Halpern da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica destaca a importância de considerar não apenas o IMC, mas também a circunferência abdominal na avaliação do risco de obesidade.
Fonte: © CNN Brasil