Quarta-feira, a Conquista do Tricolor de Fluminense completa 40 anos. Campanha marcada por troca de técnicos, semifinal contra Corinthians, gol de Romerito na vitória sobre Vasco, e termos: história, Flu, Copa Brasil, passagens positivas, Seleção Gana, Carioca ’75, decepções, Seleção, campanha Uruguai, divergência salarial, CBF.
Em um dia ensolarado de verão, o estádio estava lotado para mais uma partida emocionante. A torcida vibrava a cada lance, ansiosa pelo desfecho daquele jogo decisivo. No meio do campo, o técnico Parreira observava atentamente cada movimento dos jogadores, orientando-os com gestos precisos e palavras de incentivo. A tensão era palpável, mas a determinação da equipe era evidente, mostrando que estavam dispostos a lutar até o fim pela vitória.
Enquanto os minutos finais se desenrolavam, a estratégia de jogo elaborada por Carlos Alberto Parreira começava a dar frutos. Os jogadores se movimentavam com sincronia, criando oportunidades de gol que mantinham a esperança viva no coração dos torcedores. Em meio à euforia da torcida, o técnico permanecia sereno, concentrado em garantir que cada detalhe fosse executado conforme planejado. E assim, com um gol nos acréscimos, a equipe conquistou a vitória tão almejada, tornando aquele dia inesquecível para todos os envolvidos.
Carlos Alberto Parreira: A História do Técnico do Fluminense
Ele respira fundo, desaba um pouco mais e enfim se permite sentir um pouco de alívio. Seu nome é Carlos Alberto Parreira. — Até hoje eu me arrependo. Eu deveria ter ido para o campo comemorar. Mas a pressão era tão grande, antes, durante o jogo, ‘tem que ganhar’. Aquilo foi um desabafo. Aquela ida para o vestiário foi um desabafo, nada mais que isso. Me arrependo. Deveria ter ido para o campo comemorar com os jogadores — disse o ex-técnico, em entrevista ao ge.
Carlos Alberto Parreira: O Início da Relação com o Flu
Há 40 anos, o histórico técnico do Fluminense – que sempre sonhou em ser, na verdade, um preparador físico – viveu seu primeiro grande ato com o clube que aprendeu a amar, com a conquista da Copa Brasil. — Quando criança, eu era vascaíno. Minha família é toda de origem portuguesa, mas o conceito de torcedor se consolidou com o Fluminense. Eu fui trabalhar no Fluminense em 1970, depois da Copa do Mundo. Aí ficou uma simpatia, uma coisa natural, né? Não virei tricolor, faz parte da engrenagem de você trabalhar no futebol profissional — completou Carlos Alberto Parreira. — Não sei se é muita pretensão dizer (que faço parte da) história do Fluminense. Ajudei a conquistar títulos, tivemos passagens muito positivas nas vezes em que a gente esteve lá. O Fluminense ajudou a construir nossa carreira esportiva. Eu quase não tenho ido ao Maracanã, mas nas vezes que fui com meus netos, foram jogos do Fluminense. Mais de 20 anos, você acha que não vão nem lembrar da tua cara. Impressionante como torcedor ainda vinha me abraçar, dar parabéns. É altamente recompensador.
Carlos Alberto Parreira: Conquistas e Decepções
Antes de entrar na história do Fluminense em 1984, Parreira iniciou a carreira como preparador físico e integrou a comissão da seleção brasileira tricampeã do mundo. Estreou como treinador em missão diplomática, quando assumiu a seleção de Gana nos anos 1960, e conquistou seu primeiro título com a Máquina Tricolor, no Carioca de 1975. Em 1983, Carlos Alberto Parreira sucedeu Telê Santana como técnico da seleção brasileira, mas durou menos de 15 jogos no comando. Vice da Copa América com o Brasil, em campanha que terminou com título do Uruguai, Parreira foi alvo de críticas do público e da imprensa – com direito à frase ‘Fora, Parreira!’ estampada na capa de veículos como a Placar. O ciclo chegou ao fim em março de 1984, devido a uma divergência salarial entre Parreira e a CBF. Passadas as críticas, o treinador saiu do cargo satisfeito. — Como eu iria proporcionar aos torcedores um espetáculo igual ao apresentado pela seleção em 82, na Copa do Mundo? Não tinha os mesmos jogadores e, muito menos, tempo para trabalhar. De agora em diante, tenho certeza, o trabalho do técnico da seleção será mais fácil, pois o pior já passou — disse Carlos Alberto Parreira, citado na edição de 28 de março de 1984 do jornal O Globo.
Fonte: © GE – Globo Esportes