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Trabalhadores em café: condições semelhantes à escravidão na operação regional da Gestão do Trabalho, distribuindo verbas salariais e rescisórias. Crimes de redução acondicionam trabalhadores, sem seguro desemprego. Ministério Público interveio.
Uma complexa operação realizada em conjunto pela Polícia Federal e órgãos de fiscalização resgatou 20 pessoas que estavam em situação de trabalho escravo em fazendas de cana-de-açúcar no interior de São Paulo. A operação foi desencadeada após meses de investigação e contou com o apoio de diversas instituições.
As ações realizadas durante a operação resultaram na libertação dos trabalhadores que eram submetidos a condições degradantes, sem acesso a condições básicas de trabalho e moradia. Os responsáveis pelas práticas ilegais foram detidos e responderão na justiça pelos crimes cometidos. A atuação conjunta das forças policiales foi fundamental para o sucesso da operação e para garantir a proteção dos direitos humanos dos resgatados.
Operação de Resgate de Trabalhadores em Condições Análogas à Escravidão
De acordo com a Polícia Federal, os trabalhadores foram descobertos em condições degradantes e insalubres durante uma operação de resgate. A mobilização contou com a participação da Gerência Regional do Trabalho em Uberaba, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, e do Ministério Público do Trabalho.
Os trabalhadores resgatados estavam em uma situação de vulnerabilidade extrema, sem acesso a condições mínimas de segurança, saúde e dignidade, conforme informado pela PF. A ação resultou no pagamento de aproximadamente R$ 90 mil em verbas salariais e rescisórias para os 16 trabalhadores envolvidos.
Além disso, os trabalhadores terão direito a três parcelas de seguro desemprego e garantia de retorno às suas localidades de origem. O Ministério Público do Trabalho está em processo de negociação para a indenização por danos morais individuais em benefício dos trabalhadores afetados.
Durante as operações de resgate, inspeções foram realizadas nas propriedades rurais denunciadas, e os responsáveis foram identificados, podendo ser alvo de investigações por crimes de redução à condição análoga à de escravo, bem como outras infrações trabalhistas. Os empregadores serão notificados e submetidos a investigações.
Essa ação conjunta entre as autoridades competentes destaca a importância da gestão coordenada e eficaz para combater situações de exploração e desrespeito aos direitos trabalhistas. A operação evidencia a necessidade de fiscalização contínua e rigorosa para garantir que práticas criminosas, como a redução à condição análoga à de escravo, sejam coibidas e punidas adequadamente.
Fonte: @ CNN Brasil