Conflito entre Israel e Hamas no sexto mês com mais de 30 mil mortos intensifica escalada da violência na região, conforme relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Após o ataque de Israel ao consulado iraniano na Síria, o presidente do Irã afirmou que irá responder de forma contundente à ação que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo um general. Esta situação evidencia a crescente tensão no Oriente Médio, onde conflitos armados são frequentes e ameaçam a estabilidade da região.
A escalada da violência no Oriente Médio preocupa não só os países da região, mas também a comunidade internacional. Os constantes embates entre Israel e grupos como o Hamas demonstram a fragilidade da paz no Oriente Próximo, deixando a população local em constante estado de alerta e medo.
Oriente Médio: Conflito no sexto mês e escalada da violência
O conflito no Oriente Médio chega ao sexto mês e já soma mais de 33 mil mortos — 32 mil palestinos, de acordo com o Hamas, e 1.200 israelenses. A morte do general da Guarda Revolucionária Iraniana é considerada pelo Irã como um ataque direto ao país.
Um estudo realizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) e atualizado pela última vez em fevereiro de 2023, revela que o Irã possui um contingente militar de 650 mil pessoas, sendo que a guarda é responsável por 190 mil combatentes.
Os dados apresentados pelo instituto indicam que a Guarda Revolucionária Iraniana supera o efetivo de 11 países da região, inclusive de Israel, que conta com quase 180 mil combatentes e 400 mil reservistas. O governo iraniano tem desempenhado um papel oculto na guerra, apoiando o Hamas e atuando por meio de uma ‘guerra por procuração’.
Oriente Próximo: Patrocínio iraniano em conflitos na região
Além do apoio ao Hamas, o Irã também patrocina o Hezbollah e os Houthis, que combatem em conflitos no Oriente Próximo. Os cerca de 20 mil Houthis envolvidos na guerra civil no Iêmen foram responsáveis por um ataque a uma instalação da petrolífera saudita Aramco em 2022, expondo a vulnerabilidade da Arábia Saudita.
O Irã coordena esses grupos por meio de uma coalizão de forças não estatais, conforme aponta Rodrigo Amaral, professor da PUC de São Paulo. A defesa ativa é uma estratégia comum nesse contexto, marcando posições e demonstrando força por meio de ataques coordenados.
Oriente Médio: Capacidade tecnológica e armamentista dos países da região
O relatório do IISS destaca que o Egito possui o maior contingente militar no Oriente Médio, com mais de 835 mil pessoas. No entanto, Arábia Saudita e Irã se destacam pela tecnologia militar, desenvolvimento armamentista e exportação de petróleo.
Fatores como a capacidade industrial de armamentos, tecnologia militar e quantidade de tanques e aeronaves são essenciais para calcular a força de um Estado na região. Nos conflitos armados, tanques blindados de batalha e aeronaves de combate são os armamentos mais utilizados, estando o Irã e a Arábia Saudita entre os maiores detentores desses equipamentos.
Oriente Próximo: Posse de armas nucleares e enriquecimento de urânio
No Oriente Médio, a posse de bombas nucleares é um fator crucial no jogo de poder regional. Segundo a Federação dos Cientistas Americanos (FAS), Israel é o único país da região com armamento nuclear, embora o governo israelense não confirme. O Irã, por sua vez, tem enriquecido urânio a níveis próximos do requerido para a criação de uma bomba nuclear, conforme relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) obtido em 2023 pela Agência France-Presse.
Fonte: © G1 – Globo Mundo