Verdão alega falta de repasses da arena desde 2015. Empresa não concorda com valor citado e briga para receber. Eventos continuam no estádio.
Após avaliação, a diretoria do Verdão optou por elevar para R$ 160 milhões o valor que busca na Justiça da Real Arenas, empresa responsável pela administração do Allianz Parque. A decisão pode impactar significativamente as negociações em andamento.
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Disputa entre Palmeiras e WTorre aumenta ainda mais
Seleção sportv debate escalações de Abel no Palmeiras: ‘É um laboratório’ A pendência do repasse da arena do Palmeiras pela WTorre que já ultrapassa seis anos pode chegar a R$160 milhões em valores acumulados desde 2015.
Os eventos continuam a acontecer à medida que a disputa prossegue sem conclusão. E o clube Verdão segue estimando que o número reclamado vá prosseguir a subir durante este processo. Como se não bastasse, o valor cobrado pelo Palmeiras pela falta de repasses também vai permanecer aumentando mesmo com o andamento das ações.
Clube segue em busca de direitos
Até agora, o Palmeiras já entrou com diversas ações judiciais no intuito de buscar os repasses da WTorre, desde a gestão do ex-presidente Maurício Galiotte, iniciada em 2017. O clube reclama repasses sobre uma lista extensa de receitas, incluindo locação para shows, exploração de áreas de lanchonetes e estacionamentos, assim como também locações de cadeiras, camarotes e naming rights.
Entretanto, segundo o clube, a empreiteira alega discordâncias quanto às quantias a serem recebidas e pagas pela parceria. O Palmeiras alega que a cobrança do devido valor é ajuizada perante a Justiça Comum. O clube entende que a dívida pela WTorre está fora de questão, com a construtora apresentando regularmente relatórios mensais, conformidade com o que se acertou no contrato, detalhando as receitas que o Palmeiras teria o direito de receber.
Relembre: Leila Pereira fala em 2023 sobre a crise entre Palmeiras e WTorre: ‘Não é um caso de sucesso’ A posição do clube de que as questões levantadas não se referem a um tópico de arbitragem é evidente quando o Palmeiras exige uma ação contra a Real Arenas, subsidiária da WTorre, a fim de ter investigados possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa.
Mais ações estão previstas
O Palmeiras já declarou que irá acionar a WTorre judicialmente mais uma vez, desta vez pelo prejuízo decorrente do Allianz Parque interditado. A presidente do clube, Leila Pereira, sustenta que há falta de manutenção adequada no gramado e nas instalações feitas pela construtora.
Desse modo, o clube e a polícia abriram um inquérito para investigar possíveis irregularidades pela Real Arenas. Leila, que frequentemente critica a empresa, define o acordo de 30 anos com a WTorre como um ‘péssimo negócio’ e já expressou publicamente sua preocupação sobre o possível descaso que a arena poderá receber ao longo do tempo.
Parceria entre Palmeiras e WTorre terá fim?
O contrato entre o clube e a WTorre é válido por 30 anos, desde a inauguração da arena, ocorrida em 2014, e segue até 2044.
Percentuais das receitas
O percentual das receitas pertencentes ao Palmeiras por meio dos eventos realizados na arena e da exploração de outros espaços, como lojas, lanchonetes e estacionamento, progride como descrito abaixo:
- Até 5 anos da abertura: 20%
- De 5 anos até 10 anos da abertura (estágio atual): 25%
- De 10 anos até 15 anos da abertura: 30%
- De 15 anos até 20 anos da abertura: 35%
- De 20 anos até 25 anos da abertura: 40%
- De 25 anos até 30 anos da abertura: 45%
No caso da locação de cadeiras, camarotes, além do naming rights com a Allianz, os percentuais das receitas pertencentes ao Palmeiras progredirão como descrito abaixo:
- Até 5 anos da abertura: 5%
- De 5 anos até 10 anos da abertura (estágio atual): 10%
- De 10 anos até 15 anos da abertura: 15%
- De 15 anos até 20 anos da abertura: 20%
- De 20 anos até 25 anos da abertura: 25%
- De 25 anos até 30 anos da abertura: 30%
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Fonte: © GE – Globo Esportes