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Extremistas políticos enfrentaram escárnio por representações com drag queens e modelo transgênero. Blasfêmia ou desrespeito? Debate em notícias culturais, 24h on redes sociais. Legal ou guerras de opinião? #tolerancia
Em uma hilária paródia da renomada obra de Leonardo Da Vinci ‘A Última Ceia’, a cena se passa em um bar LGBTQ+ com drag queens celebrando a refeição mais importante do dia: o brunch dominical. A atmosfera é de alegria e diversão, com as drag queens representando os apóstolos de forma extravagante e cheia de cores.
Os mocinhos estão todos travestidos com perucas exuberantes e maquiagem impecável, trazendo um toque de irreverência à tradicional história bíblica. Enquanto saboreiam seus drinques e petiscos, as drag queens recriam a icônica cena da Última Ceia, garantindo muitas risadas e momentos inesquecíveis. A mensagem de inclusão e celebração da diversidade ressoa forte, conquistando aplausos e elogios de todos os presentes.
Paródia da Última Ceia: Drag Queens e Mocinhos Travestidos na França
Uma cerimônia ousada e sem precedentes às margens do rio Sena, atraiu milhões de espectadores em todo o mundo. O evento celebrou a vibrante vida noturna da capital francesa, Paris, e sua reputação como um local de tolerância, prazer e subversividade. A famosa cena bíblica da Última Ceia, protagonizada por Jesus Cristo e seus doze apóstolos, foi recriada de forma inusitada. Dessa vez, um grupo de drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu, retratando o deus Dionísio, compartilharam a refeição sagrada.
A Igreja Católica na França não poupou críticas à representação, considerando-a uma afronta ao Cristianismo. A Conferência dos Bispos Franceses expressou profundo descontentamento com o escárnio e a zombaria presentes na paródia da Última Ceia. Políticos de extrema-direita, tanto franceses quanto de outras nações, também se manifestaram nas redes sociais, condenando a representação.
A controvérsia gerada pela cerimônia levantou debates sobre a liberdade de expressão e os limites do respeito às crenças religiosas. Enquanto alguns consideraram a paródia uma forma de blasfêmia desrespeitosa, outros defenderam a legalidade e a importância da representação artística provocativa. O diretor artístico do evento, Thomas Jolly, enfatizou que na França, a liberdade de expressão é um valor fundamental, permitindo a expressão artística e o questionamento de dogmas.
A França, marcada por sua rica herança católica e tradição secular, enfrenta um dilema entre a preservação da tradição e a busca pela inovação artística. A polêmica em torno da paródia da Última Ceia reflete as guerras culturais contemporâneas, alimentadas pelo ciclo incessante de notícias e pelas redes sociais. A diversidade de opiniões e reações demonstra a complexidade das questões culturais e religiosas na sociedade moderna.
Apesar das críticas e da indignação de alguns setores, um dos participantes da encenação, Philippe Katerine, defendeu a provocação como parte essencial da arte. Para ele, a controvérsia e a diversidade de opiniões são elementos enriquecedores do debate público. A paródia da Última Ceia em Paris despertou reflexões sobre os limites da liberdade artística e a importância do respeito mútuo nas discussões culturais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo