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Camila Rocha, pesquisadora da Cebrap de São Paulo, participou da sexta edição do WW. Ela é ex-bolsonarista, desvinculou-se do eleitorado de São Paulo liderado por prefeito Ricardo Nunes. Anunciou sua indicação pelo coronel Mello Araújo contra pré-candidatos Jair Bolsonaro e pré-candidato Ricardo Nunes.
O cenário político em São Paulo revela que o eleitorado ainda não associa o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, como o representante do bolsonarismo na disputa, conforme apontou a cientista política Camila Rocha, em entrevista ao WW. Segundo ela, mesmo com a presença do coronel Mello Araújo, Nunes parece tentar ocultar seu apoio ao presidente Bolsonaro.
A análise de Rocha indica que a estratégia de Nunes em não se vincular explicitamente ao movimento bolsonarista pode refletir uma tentativa de atrair um eleitorado mais diversificado, mantendo uma postura mais neutra diante das polarizações políticas. No entanto, a pesquisadora ressalta que a identificação com o bolsonarismo pode ser um fator determinante para o sucesso eleitoral do candidato, em um contexto em que as ideologias políticas exercem forte influência sobre as escolhas dos eleitores.
Pré-candidato à reeleição escolhe vice indicado por Bolsonaro, gerando críticas do movimento bolsonarista
O prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição em São Paulo, surpreendeu ao anunciar o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo como seu vice, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa escolha, que evidencia a influência do bolsonarismo no cenário político local, gerou descontentamento entre os bolsonaristas, que esperavam outra composição para a chapa.
A indicação do coronel Mello Araújo, ex-membro da Rota, a tropa de elite da corporação paulista, foi vista como uma estratégia de Nunes para fortalecer sua campanha, mas também como um movimento que pode afastar parte do eleitorado de São Paulo que não se identifica com o bolsonarismo. A pesquisadora Camila Rocha, do Cebrap, destacou que a escolha do vice pode polarizar ainda mais o cenário político na cidade.
Enquanto isso, o pré-candidato Pablo Marçal (PRTB) buscava o apoio de Bolsonaro para sua candidatura, mas viu suas chances diminuírem com a indicação de Mello Araújo. A movimentação nos bastidores da política paulistana indica uma disputa acirrada entre os pré-candidatos, com diferentes estratégias para conquistar o eleitorado e garantir sua presença no pleito.
Com a proximidade das eleições de 2024, a composição dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo ganha destaque, com nomes como Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena e Kim Kataguiri na disputa. A diversidade de propostas e perfis dos candidatos promete uma campanha eleitoral movimentada e com debates acalorados sobre os rumos da cidade.
A análise do cenário político atual aponta para uma possível fragmentação do eleitorado, com diferentes grupos se posicionando em relação ao bolsonarismo e às propostas dos candidatos. A presença do movimento bolsonarista, embora polarize opiniões, também evidencia a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições municipais e a relevância de suas indicações para os rumos da política local.
Fonte: @ CNN Brasil