Pesadelos afetam dormir, aumentam riscos de declínio cognitivo na década seguinte, trazem baixas chances de diagnósticos de demência, REM transtorno do sono, testes neuropsicológicos e imagem exames: pessoas adultas. (146 caracteres)
Os pesadelos são eventos noturnos que podem causar grande desconforto e ansiedade para quem os experimenta. Esses sonhos perturbadores podem variar em intensidade e duração, mas são frequentemente lembrados devido ao impacto emocional que deixam em quem os vivencia. Acredita-se que os pesadelos possam refletir preocupações e medos internos, sendo uma forma de processar questões emocionais durante o sono.
Além disso, os pesadelos podem ser um sintoma de distúrbios do sono mais graves, como os transtornos do sono. Essas condições podem afetar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa, interferindo em seu descanso e bem-estar geral. Portanto, é importante buscar ajuda profissional caso os pesadelos se tornem frequentes e causem impacto negativo na rotina diária.
Pesadelos e Distúrbios do Sono: Impacto no Declínio Cognitivo
De acordo com um estudo apresentado na reunião anual do Congresso da Academia Europeia de Neurologia de 2024, pessoas na idade adulta que enfrentam pesadelos frequentes estão mais suscetíveis a desenvolver demência. Para obter esses resultados significativos, os pesquisadores analisaram dados genéticos de participantes de um estudo anterior conduzido no Imperial College London, em Londres.
O estudo revelou que adultos na meia-idade que sofriam com pesadelos recorrentes tinham quatro vezes mais chances de experimentar um declínio cognitivo ao longo da próxima década. A relação entre pesadelos e demência pode estar ligada à má qualidade do sono, que pode desencadear um declínio cognitivo significativo.
Na opinião de Edson Issamu, renomado neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, pesquisas anteriores já apontaram a associação do transtorno comportamental do sono REM, no qual os pacientes vivenciam sonhos intensos com vocalização e movimentos corporais, com o aumento do risco de demência.
Existem abordagens terapêuticas específicas para o transtorno comportamental do sono, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, que podem reduzir ou interromper a manifestação dos sintomas. No entanto, é importante ressaltar que esses tratamentos não garantem a prevenção do desenvolvimento futuro de demência.
Como é feito o diagnóstico de demência? De acordo com especialistas, o diagnóstico de demência é realizado de maneira multidisciplinar, envolvendo avaliação médica minuciosa e a realização de diversos exames, como testes neuropsicológicos e exames de imagem. Os sintomas mais comuns da demência incluem perda de memória recente, desorientação temporal e espacial, dificuldades na linguagem, alterações comportamentais e dificuldades na execução de tarefas cotidianas.
Portanto, compreender a relação entre pesadelos, distúrbios do sono e demência é crucial para a promoção da saúde cognitiva e o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes. A qualidade do sono desempenha um papel fundamental na saúde cerebral e no bem-estar geral, destacando a importância de abordar precocemente possíveis problemas relacionados ao sono para preservar a saúde cognitiva a longo prazo.
Fonte: @ Minha Vida