Com 47 tentativas, fevereiro tem recorde de casos desde 2018: ex-companheiro incendiou corpo em plataforma de trem, deixando vítima hospitalizada.
Recentemente, ocorreu um trágico caso de feminicídio que chocou a população. Uma jovem de 28 anos foi vítima de feminicídio em sua própria casa, após uma discussão com seu parceiro. O triste episódio revela a urgente necessidade de mais medidas de proteção e conscientização para prevenir casos de feminicídio.
Esses assassinatos de mulheres são apenas exemplos de uma realidade alarmante de violência contra mulher que persiste em nossa sociedade. É fundamental unir esforços para combater o crime de gênero e garantir a segurança e dignidade de todas as mulheres. Nenhuma forma de violência contra mulher deve ser tolerada, e é dever de todos denunciar e buscar justiça em casos de feminicídio.
Preocupação com o aumento de casos de feminicídio no Rio de Janeiro
No dia posterior, um outro terrível caso de violência contra mulher veio à tona: uma mulher sofreu queimaduras durante uma discussão com seu ex-companheiro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O homem, em um ato cruel, jogou álcool no quarto do casal e ateou fogo, resultando na hospitalização da vítima, com queimaduras em cabelo, braços, costas e pernas. Esse crime chocante segue uma série de assassinatos de mulheres que tem alarmado a população.
Os dados oficiais revelam um cenário alarmante: nos dois primeiros meses do ano em questão, foram registrados 20 casos e 82 tentativas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro, representando um aumento de 47,8% em relação ao período anterior. Esses números assustadores evidenciam a gravidade da situação.
O mês de fevereiro de 2024 ficou marcado por um recorde de tentativas de feminicídio desde 2018, com 47 casos documentados. Este aumento preocupante levanta questões sobre a eficácia das medidas de prevenção e proteção às mulheres em situação de risco.
O governo do Rio de Janeiro assegura que a Polícia Civil está empenhada no combate à violência contra a mulher, contando com 14 delegacias de Atendimento à Mulher em todo o estado. Além disso, o trabalho integrado entre a Polícia Civil e a Polícia Militar tem sido destacado como essencial para enfrentar a violência doméstica, familiar e de gênero.
No entanto, ainda há desafios a superar. Especialistas ressaltam a importância não apenas de punir os agressores, mas também de investir em campanhas preventivas, educativas e garantir o acesso a serviços de acolhimento para as mulheres em situação de violência. Segundo pesquisadoras, a prevenção é fundamental para mudar essa realidade alarmante.
A socióloga Jacqueline Pitanguy enfatiza a necessidade de campanhas públicas regulares e ações educativas para evitar a violência. A interrupção de políticas públicas durante governos anteriores é apontada como um retrocesso no enfrentamento do feminicídio e demais crimes de gênero.
Cristiane Brandão, coordenadora do Observatório Latino-americano de Justiça em Feminicídio, destaca a importância de mostrar alternativas não violentas para resolver conflitos, visando a conscientização e a mudança de comportamentos agressivos. A atuação em diversas frentes é essencial para combater efetivamente a epidemia de feminicídios e garantir a segurança e dignidade das mulheres.
Fonte: @ Agencia Brasil