Segunda pré-visão aponta crescimento anual do PIB em 1,3%. Economia desacelera: consumidor, exportações, gastos gov. est., munic., fed. investimento fixo resid. retração gastos gov. federal.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 2,5% no último ano, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB anualizado do Brasil está em ascensão, refletindo a recuperação econômica do país após um período de instabilidade. Essa tendência positiva segue o exemplo do PIB dos Estados Unidos, que também apresentou um aumento significativo no último trimestre.
Revisão do PIB dos EUA e Desaceleração Econômica
Nesta segunda análise mais abrangente, os dados revelam que a economia americana não está tão robusta quanto inicialmente estimado na primeira divulgação, ocorrida no final de abril. O relatório inicial indicou um crescimento anualizado de 1,6% do PIB no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à medição corrigida pelo BEA.
A importância deste relatório atual reside na avaliação se a revisão dos números de crescimento econômico e inflação nos EUA foi pessimista ou otimista, isto é, se os indicadores estão mais fracos ou mais fortes do que anteriormente apontado. É crucial também verificar como esses dados se alinham com as expectativas do mercado, uma vez que é a surpresa (positiva ou negativa) que influencia os investidores nos ativos.
A primeira leitura do PIB dos EUA no primeiro trimestre já havia ficado significativamente aquém das expectativas do mercado, que previam um aumento anual de 2,5% (em contraste com os 1,6% registrados). O dado atual reforça a desaceleração da economia americana, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a considerar a redução das taxas de juros.
No último trimestre de 2023, o PIB havia apresentado um crescimento anual de 3,4%. Portanto, os números atuais indicam uma desaceleração ainda mais acentuada em relação ao período anterior. Esta desaceleração foi impulsionada principalmente pela redução nos gastos do consumidor, exportações e despesas dos governos estaduais e municipais, juntamente com uma contração nos gastos do governo federal. No entanto, houve um aumento no investimento fixo residencial, enquanto as importações aceleraram.
Em relação à inflação, esta segunda análise revelou uma revisão para baixo de 0,1 ponto percentual no índice de preços de compras em comparação com a leitura anterior. Anteriormente, o índice anualizado estava em 3,1% no primeiro trimestre, mas agora foi corrigido para 3%, ligeiramente abaixo das expectativas de mercado.
As despesas de consumo pessoal (PCE), outro indicador chave da inflação nos EUA, estão em 3,3%, também com uma revisão de 0,1 ponto percentual para baixo em relação à leitura anterior. Excluindo alimentos e energia, o núcleo PCE foi ajustado na mesma proporção, passando de 3,7% para 3,6%.
Apesar das revisões, os indicadores ainda apontam para uma forte aceleração da inflação americana entre o final de 2023 e o início deste ano, destacando a importância de monitorar de perto a evolução do PIB e dos índices inflacionários para compreender a situação econômica atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo