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Dispositivos entram no Brasil sem pagar impostos, oferecidos em marketplaces on-line e lojas, gerando até 30% de desconto em relação a celulares certificados pela Anatel. Porém, usar produtos de baixa especificação e técnica pode causar prejuízos, evitando a Senacon e a vigilância da Agência Nacional de Telecomunicações. (136 caracteres)
Recentemente, um aumento significativo no volume de vendas de eletrônicos chamou a atenção das autoridades brasileiras para o crescimento do mercado ilegal. Um concorrente desconhecido que surgiu do nada já domina 25% das vendas de celulares, deixando os fabricantes estabelecidos em alerta. A questão principal é que esses dispositivos, em sua maioria de origem chinesa, entram no país de forma clandestina, driblando os impostos e oferecendo preços muito mais atrativos.
Além disso, a expansão desenfreada do mercado ilegal tem impactos diretos no mercado cinza e mercado irregular de eletrônicos, tornando a concorrência ainda mais acirrada. Os consumidores, muitas vezes atraídos pelos preços baixos, acabam contribuindo involuntariamente para a perpetuação desse ciclo prejudicial. É essencial que medidas sejam tomadas para combater essa prática e proteger a economia do país.
Desafios do Mercado Ilegal de Celulares
O mercado ilegal de celulares, também conhecido como mercado cinza ou mercado irregular, tem se expandido de forma significativa nos últimos anos. A facilidade de encontrar esses produtos em diversas lojas online, como Amazon e Mercado Livre, tem sido um dos principais fatores impulsionadores desse crescimento.
A oferta de celulares irregulares, muitas vezes com preços até 30% mais baixos do que os de empresas que seguem as regras, atrai consumidores em busca de descontos agressivos e entrega rápida. No entanto, os riscos associados a esses dispositivos podem resultar em prejuízos para os compradores, conforme alertam especialistas.
O mercado cinza de celulares refere-se a produtos que não seguem todas as normas estabelecidas pelas fabricantes, incluindo a falta de certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ou de órgãos equivalentes. Além disso, envolve aparelhos roubados, com especificações técnicas alteradas sem autorização, o que pode comprometer a qualidade e segurança dos dispositivos.
O contrabando de celulares, impulsionado pelo crescimento das lojas online e dos marketplaces, tem contribuído para o aumento do comércio irregular. A praticidade de adquirir um telefone contrabandeado e recebê-lo em casa rapidamente tem atraído consumidores em busca de ofertas vantajosas.
No primeiro trimestre de 2024, foram vendidos 8,5 milhões de smartphones legais, enquanto 2,9 milhões de unidades irregulares foram comercializadas. A atuação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem sido fundamental na fiscalização e retirada de anúncios de celulares irregulares de grandes plataformas de vendas online.
A Abinee, que representa as fabricantes de celulares, denunciou a venda de aparelhos indevidos e identificou que muitos vendedores comercializavam milhares de smartphones por mês. A associação estima que a maioria desses dispositivos seja de uma única marca, cujo nome não foi divulgado.
Diante desse cenário, é essencial que os consumidores estejam atentos aos riscos de adquirir celulares no mercado ilegal e priorizem a compra de dispositivos certificados e em conformidade com as normas vigentes. A conscientização sobre os perigos associados aos produtos irregulares é fundamental para proteger os consumidores e garantir a segurança no uso de dispositivos móveis.
Fonte: © G1 – Tecnologia