Montenegro, 51, de centro-direita, rejeita acordo com Chega. Aliança Democrática pronta para governar sozinha. Inclinação política em Eleições Europeias.
O presidente de Portugal convidou Rui Rio, do Partido Social Democrata (PSD), que saiu vitorioso nas eleições legislativas de 10 de fevereiro por uma margem estreita, para liderar o governo após uma longa gestão socialista, anunciou o Palácio de Belém na sexta-feira (21).
O líder do país ibérico está trabalhando para formar um gabinete de coalizão que represente as diversas correntes políticas presentes na sociedade. Portugal, como um dos países mais antigos da Europa, enfrenta desafios importantes nos campos da economia e da imigração, que o novo governo terá que abordar de forma urgente.
Pequena margem de vitória
Resultado eleitoral revelou que a Aliança Democrática (AD) obteve uma vitória com uma pequena margem de cadeiras no Parlamento de Portugal. O partido ficou longe de alcançar uma maioria absoluta, o que significa que enfrentará desafios para governar de forma estável.
Ao mesmo tempo, o partido de extrema-direita Chega quadruplicou sua representação parlamentar, um marco inédito para um partido dessa inclinação política desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas. Surgiu, então, a possibilidade de formação de coalizões para governar, o que pode gerar instabilidade no país.
Desafios para a Coalizão proposta
A AD, vitoriosa nas eleições, declarou que está pronta para liderar o governo sem a necessidade de negociar uma coalizão com o Chega. No entanto, a proposta de coalizão feita pelo partido de extrema-direita gerou discussões nos bastidores da política portuguesa.
Um governo da AD terá que depender de acordos fragmentados no Parlamento, seja com o Chega ou com partidos de esquerda, para conseguir aprovar seus projetos de lei. Esta situação pode colocar em xeque a estabilidade política do país.
Cenário político futuro em Portugal
A nomeação do presidente conservador Marcelo Rebelo de Sousa marcou uma nova etapa na política portuguesa. Com a AD conquistando 80 cadeiras, os socialistas com 78 e o Chega com 50, a configuração do Parlamento reflete um cenário de negociações e acordos que definirão os rumos do país nos próximos anos.
As eleições europeias de junho podem indicar uma tendência populista de direita não só em Portugal, mas também em outros países europeus. A queda dos governos socialistas e o crescimento de partidos de extrema-direita sinalizam mudanças no panorama político da região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo