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Em década, Brasil potencialmente ganhará 12 milhões de hectares de áreas verdes: pastagens aptas (Nív. 1, 2), Cerrado, Pampa, Amazônia. Hectares degradados (severa, interm.) reduzidos, biomas preservados. (136 caractères)
O potencial de expansão da área de soja no Brasil é significativo, conforme apontado por um estudo da Serasa Experian. Com até 36,6 milhões de hectares de pastagens disponíveis para cultivo, livres de desmatamento recente, o país tem a oportunidade de aumentar sua produção de soja em até 80%. Essa possibilidade de utilizar áreas já existentes para o plantio da oleaginosa é uma alternativa viável para atender à demanda crescente, ao mesmo tempo em que se preserva o meio ambiente.
Além disso, a utilização dessas extensões de lavouras de soja pode ser uma estratégia eficaz para garantir a sustentabilidade da produção agrícola brasileira. Com a pressão cada vez maior por práticas ambientalmente responsáveis, a conversão de pastagens em áreas produtivas de soja pode contribuir para o crescimento do setor de forma consciente e equilibrada. Dessa forma, o Brasil reafirma sua posição como líder global na produção e exportação de soja, demonstrando seu compromisso com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
Desafios na Área de Soja e a Importância das Pastagens Aptas
A área de soja no Brasil enfrenta desafios significativos, apesar da vasta extensão de lavouras de soja disponíveis. Segundo o levantamento, apenas um terço das pastagens com alta aptidão para o cultivo de soja é atualmente utilizada, o que representa mais de 36 milhões de hectares disponíveis. No entanto, a distribuição dessa disponibilidade não é uniforme em todos os Estados e regiões do país.
Ao considerar as áreas pastagens aptas por nível de degradação, torna-se evidente a complexidade do cenário. O bioma Cerrado, por exemplo, destaca-se por apresentar o maior número de hectares degradados de forma severa, com 6,1 milhões de pastagens aptas para a soja nessa condição. Essa realidade contrasta com os 3,8 milhões de hectares sem degradação e os 7,8 milhões com degradação intermediária nesse bioma.
Por outro lado, o bioma Pampa se destaca pela proporção significativa de pastagens aptas sem degradação, representando 52% do total de 3,1 milhões de hectares. Já o bioma Amazônico possui 11,9 milhões de hectares de pastagens, com 2,2 milhões em condições severas de degradação e 4,2 milhões em melhores condições para o plantio de soja.
Em relação aos Estados, o Pará desponta como detentor da maior área de pastagens aptas e sem degradação, com 1,7 milhão de hectares disponíveis. Por sua vez, o Mato Grosso do Sul possui a maior extensão de pastos propícios à sojicultura, totalizando cerca de 6 milhões de hectares.
É fundamental considerar não apenas a disponibilidade de áreas aptas, mas também o grau de degradação presente, pois isso influencia diretamente nos investimentos necessários para a conversão dessas áreas. O estudo da Serasa destaca a importância de analisar a probabilidade de inadimplência dos produtores, o que pode impactar diretamente nas decisões de financiamento para a expansão da área de soja.
Para atingir a projeção de expansão de 12 milhões de hectares em uma década, como previsto pelo ministério, será necessário um investimento significativo, estimado em cerca de R$ 60 bilhões. Esse montante, em grande parte proveniente de linhas de crédito, será essencial para viabilizar a conversão de pastagens em áreas de cultivo de soja. O valor médio estimado para essa conversão é de aproximadamente R$ 5 mil por hectare, podendo variar conforme o grau de degradação da área. Esses dados ressaltam a importância de estratégias financeiras bem estruturadas para impulsionar o crescimento sustentável da área de soja no Brasil.
Fonte: @ Info Money