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Hoje em dia, muitos consumidores buscam por produtos e serviços com um preço acessível, que caiba no orçamento sem comprometer a qualidade. Por isso, as empresas precisam estar atentas às estratégias de precificação, oferecendo um preço competitivo no mercado sem deixar de considerar os custos envolvidos na produção. Encontrar o equilíbrio entre preço e qualidade é essencial para conquistar e manter clientes satisfeitos.
Além disso, é importante lembrar que preço baixo nem sempre significa baixo custo. É fundamental analisar o valor percebido pelo cliente e a taxa de retorno sobre o investimento. Um preço mais alto pode ser justificado pela qualidade do produto ou serviço, resultando em um maior valor agregado e uma maior taxa de fidelização dos clientes. Portanto, as empresas devem considerar não apenas o preço final, mas também o custo e o valor entregue aos consumidores.
Alimentos sofrem impacto do El Niño: preço aumenta em janeiro, indicam dados do IPCA
LEONARDO VIECELI RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)
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Sob impacto do El Niño, início de 2024 revelou aumento nos preços de alimentos para o consumidor brasileiro, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (8).
A inflação da alimentação no domicílio acelerou a 1,81% no começo deste ano, após ter marcado 1,34% em dezembro. Tal taxa é a maior para meses de janeiro em oito anos, desde 2016. À época, a variação dos preços havia sido de 2,89%. Dentre os produtos, a maior alta em janeiro de 2024 foi registrada pela cenoura: 43,85%. Em seguida, a batata-inglesa apresentou aumento de 29,45%.
A inflação dos alimentos costuma ser pressionada no verão por fatores como temperaturas altas e chuvas intensas. Tais eventos climáticos dificultam o cultivo no campo e reduzem a oferta de mercadorias na cidade.
No início de 2024, o cenário é agravado pelo El Niño, segundo o IBGE. O fenômeno afeta a distribuição das chuvas no território. Regiões como o Sudeste vivenciaram ondas de calor intenso nos últimos meses, enquanto o Sul enfrentou fortes tempestades.
‘Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas’, afirmou André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA.
‘Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño’, acrescentou.
Após a cenoura e a batata-inglesa, as maiores altas de preços entre os alimentos foram registradas por manga (23,35%), maracujá (22,06%), laranja lima (21,16%), repolho (16,68%), açaí (14,96%), inhame (14,78%), feijão-fradinho (11,70%), e abacaxi (10,31%).
Banana-prata (10,01%) e feijão-carioca (9,70%), o preferido do brasileiro, apareceram em seguida. Outros produtos tradicionais da mesa do consumidor, embora não estejam no topo da lista de aumentos, também ficaram mais caros.
É o caso do arroz, que subiu 6,39% em janeiro. Houve influência do clima adverso e da preocupação com a nova safra, apontou Almeida. ‘Além disso, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cessou as exportações no segundo semestre do ano passado, o que provocou o aumento do preço desse produto [arroz] no mercado internacional‘, disse o pesquisador do IBGE. O limão, por outro lado, teve queda de 20,54% nos preços em janeiro.
INFLAÇÃO EM JANEIRO, EM %
Cenoura – 43,85
Batata-inglesa – 29,45
Manga – 23,35
Maracujá – 22,06
Laranja lima – 21,16
Repolho – 16,68
Açaí – 14,96
Inhame – 14,78
Feijão fradinho – 11,7
Abacaxi – 10,31
Banana-prata – 10,01
Feijão-carioca (rajado) – 9,7
Laranja pera – 9,57
Banana-maçã – 8,92
Abacate – 8,8
Fonte: IBGE
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Fonte: © Jornal De Brasília
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