A prefeita não revela quais valores da família joga fora, nem os detalhes das obras do governo federal em seu programa do governo.
A atitude da prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL), de se desfazer de livros em um vídeo compartilhado nas redes sociais nesta quarta-feira (17) tem gerado polêmica. A ação de descartar livros como forma de protesto contra um programa do governo federal levantou debates sobre a liberdade de expressão e a importância da leitura.
Ao desconsiderar a relevância e o valor das publicações que poderiam enriquecer a biblioteca pública, a prefeita ignorou o papel transformador da literatura na sociedade. É fundamental incentivar a leitura e o acesso a obras escritas diversas, que possam contribuir para o desenvolvimento e o crescimento intelectual de crianças e jovens. Preservar e promover os livros é essencial para o enriquecimento cultural de uma comunidade.
Polêmica sobre descarte de livros na biblioteca municipal
Juliana Maciel, prefeita de Canoinhas, manifestou sua insatisfação em relação às publicações disponíveis na biblioteca municipal. Ela, que é filiada ao PL e antes pertencia ao PSDB, afirmou: ‘Eu jamais jogaria um livro no lixo, mas porcaria, numa biblioteca aqui do nosso município, não vai ter mais não’. Maciel questionou os valores da família presentes nas obras do governo federal e sugeriu uma revisão nas bibliotecas municipais de outros prefeitos.
No centro da controvérsia, está a crítica de Maciel à suposta falta de literatura adequada para crianças e adolescentes nas bibliotecas locais. Ela alegou que determinados livros não condizem com os valores que devem ser transmitidos às gerações mais jovens. A prefeita não revelou quais obras exatamente foram descartadas, levantando dúvidas sobre o conteúdo e a razão por trás da atitude.
Consequências da ação de Maciel
A atitude de Juliana Maciel levantou debates sobre o papel da literatura e do governo na formação dos cidadãos. O episódio remete a recentes polêmicas envolvendo obras escritas, como o caso do livro ‘O Avesso da Pele’, de Jeferson Tenório, que foi alvo de críticas e censura em escolas do Sul do Brasil. A discussão se estendeu para além da esfera municipal, alcançando o governo federal, que se manteve em silêncio diante da situação.
A falta de diálogo entre a prefeita e a imprensa local, bem como a ausência de posicionamento do governo federal, contribuíram para a ampliação do debate sobre a liberdade de expressão e a diversidade na literatura. A controvérsia ressalta a importância de programas do governo que fomentem a educação e o acesso à informação de forma plural e inclusiva.
Reflexão sobre a diversidade literária e educacional
O episódio envolvendo Juliana Maciel coloca em pauta a relevância da pluralidade de vozes e narrativas na literatura disponível em bibliotecas públicas. A discussão sobre o descarte de livros e a seleção criteriosa das obras destinadas a crianças e adolescentes ressalta a necessidade de promover a reflexão e o debate em torno dos valores transmitidos por meio da leitura.
É fundamental que a literatura oferecida nas bibliotecas municipais e escolares represente a diversidade cultural e social, permitindo que os leitores tenham acesso a diferentes perspectivas e experiências. A ação de Maciel despertou questionamentos sobre a responsabilidade dos gestores públicos em garantir o acesso a uma literatura rica e estimulante, que promova valores positivos e contribua para a formação crítica dos jovens leitores.
Fonte: © Notícias ao Minuto