© 2023: Equação lógica de grande catástrofe em 2024. Sociedade urgentes perguntas: cause impossíveis El Niño fenômeno. Regiões brasileiras preparar-se: RS, estados de grandes enchentes. Maioria edificações civis, pontes, submersas. Modelo construção civil: sustentação esforços administrativos. Serão feitas questionamentos inevitavelmente. Relatório Brasil 2040: Marcelo Dutra da Silva mudar compromisso gradativamente. Coofres públicos: equilibro ecólogo. Fenômenos raros agravantes configuração irão transitar. Fatores: causas impossíveis, fatores El Niño.
Em uma breve reflexão, considerando todo o panorama observado e conhecido, e mantendo a clareza na distinção entre acontecimentos e cenário. A dinâmica racional da catástrofe iminente de 2024 no RS se desdobra em 3 dimensões: os desdobramentos, os motivos, e elementos exacerbadores.
Diante da iminência de um desastre de proporções significativas, é crucial agir com presteza e eficácia para minimizar os impactos e preservar vidas e recursos. A união de esforços e a implementação de medidas preventivas são fundamentais para enfrentar os desafios que se apresentam, visando mitigar os efeitos nefastos de uma possível crise de grandes proporções.
Equação da Catástrofe
Essa inversão cronológica se justifica pela urgência imediata de a sociedade socorrer a si mesma, e nesse sentido convergem ações do poder público com iniciativas voluntárias de cidadãos. É o cenário típico após um grande evento da natureza, que é a causa, impossível de evitar. Os cientistas saberão explicar com autoridade como ele acontece, a configuração rara que envolve parâmetros como, por exemplo, o fenômeno El Niño. Igual, algo assim não pede licença, já aconteceu antes, e arrisco supor que acontecerá de novo daqui a mais de meio século ou menos. Restam então os fatores agravantes, que compreensivelmente não são assunto imediato diante dos esforços para se administrar as consequências da destruição geral e para atender o sofrimento humano. A pauta, porém, já está consolidada para o futuro próximo, não há como escapar. As perguntas serão feitas, precisam ser feitas. Haverá respostas, que inevitavelmente irão transitar entre acusações e justificativas. O Relatório Brasil 2040, elaborado em 2015 alertando sobre enchentes mais graves, terá que ser reexaminado e não mais ignorado pelo poder público. É incontestável, o estado do RS, como qualquer outro estado brasileiro, não estava preparado para tamanha força da natureza. Nos perguntamos então: seria possível preparar-se? Em uma canetada administrativa, evidentemente que não. Penso na cidade norte-americana de San Francisco que sofre cronicamente com atividade sísmica e vive a permanente perspectiva de que qualquer dia desses ocorra o ‘Big One’, um terremoto devastador como já aconteceu. Por isso, as edificações em San Francisco substituíram alvenaria por materiais flexíveis. No caso de regiões onde ocorrem grandes enchentes, o que deveria ser feito para se precaver para a próxima? A resposta é lógica: em áreas atingíveis, a maioria das edificações deveriam ser demolidas e substituídas por um modelo de construção civil que inclua não apenas altura mas também solidez nas fundações, alguma coisa como é feito em estruturas de pontes com sustentação submersa. Leio que o ecólogo Marcelo Dutra da Silva vai mais além, sugere que cidades inteiras terão que mudar de lugar. Não há como não se antecipar aí uma mudança no tempo verbal. O futuro ‘terão’ inclina-se mais para o condicional ‘teriam’. E por quê? Porque não existe um compromisso formal da sociedade brasileira em preparar-se devidamente para uma catástrofe assim. Um compromisso assim já deveria ter sido gradativamente construído pelo poder público ao longo das muitas décadas que se passaram desde o sério antecedente de 1941, quando aconteceu a mesma coisa. Chega-se à segunda pergunta inevitável: teria havido dinheiro nos cofres públicos para bancar tal perspectiva preventiva? Se há denúncias de descaso do poder público com a manutenção do sistema de escoamento de águas em Porto Alegre, colapsado, que dirá investimentos para uma política habitacional mais segura. Isso, aliás, envolve menos a capital gaúcha e mais a sua periferia e o interior do estado, pois é aí que a maioria das edificações está em risco.
Fonte: @ CNN Brasil