Um homem de 67 anos morreu no município de Travesseiro, Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, últimos dias de janeiro. Risco de leptospirose em enchentes: contaminação de água, animais infectados, sintomas: fever, muscular dolor, urina. Higienizar locais após enchentes.
Uma triste notícia abalou a região do Rio Grande do Sul, com a confirmação da primeira morte por leptospirose devido às enchentes que assolam o estado desde o final de abril. A vítima, um homem de 67 anos residente em Travesseiro, no Vale do Taquari, foi diagnosticada com a doença após apresentar sintomas no dia 9 e falecer em 17 de maio, conforme divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde.
A leptospirose é uma doença grave que merece atenção especial, principalmente em situações de enchentes e inundações, onde a proliferação da bactéria causadora da leptospirose é mais comum. É essencial que medidas preventivas sejam tomadas para evitar novos casos de leptospirosis e garantir a segurança da população em áreas afetadas por desastres naturais.
Leptospirose (Leptospirosis) e as Enchentes do Rio Grande do Sul
O contato com a água contaminada pela urina de animais infectados, principalmente ratos, com a bactéria causadora da doença é uma das principais causas da infecção. De acordo com a pasta, o caso foi confirmado por meio de uma amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, capital do estado. Diante do episódio e da gravidade das enchentes do Rio Grande do Sul, que podem continuar, já que novas tempestades estão previstas, a secretaria reforçou que a população deve buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dores no corpo e na cabeça, fraqueza e calafrios.
No caso das dores, é importante ficar atento especialmente se elas atingirem a panturrilha, popularmente chamada de ‘batata da perna’. A doença já circula na região do Vale do Taquari, e, do início do ano até 19 de abril, foram registrados 129 casos e seis óbitos. No ano passado, foram 477 registros e 25 mortes. Um monitoramento de casos tem sido realizado nas últimas semanas e já foram notificados 304 casos suspeitos, dos quais 19 foram confirmados.
Contaminação de Água e Sintomas da Leptospirose
Entenda a leptospirose, causada pela bactéria leptospira, a leptospirose é causada pelo contato direto com a urina de animais infectados ou com água ou lama contaminadas, como ocorre em enchentes. Os sintomas costumam aparecer entre cinco a 14 dias após a contaminação, mas podem se manifestar em um período de até 30 dias. O tratamento costuma ser feito com antibióticos, mas, se houver agravamento do caso, a internação é indicada para evitar complicações. Segundo o Ministério da Saúde, em episódios mais graves, o risco de morte pode chegar a 40%.
Higienização de Locais e Prevenção da Leptospirose
Cuidados para evitar a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), mesmo quando o nível da água baixar, será necessário adotar medidas de proteção em locais que tenham sido atingidos pelas enchentes, principalmente ao fazer a higienização deles. Isso porque a bactéria lepstopira pode viver por cerca de seis meses no ambiente. A orientação é utilizar botas e roupas impermeáveis, além de luvas. Também é recomendado evitar o contato com a água represada nos pontos de alagamento.
‘A bactéria pode penetrar no corpo através da pele ou mucosas como nariz e boca, facilitando a disseminação da doença’, disse, em nota, Andre Doi, patologista clínico e diretor científico da entidade. Para a desinfecção dos ambientes, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul indica o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água.
Enchentes; e Outras Medidas de Prevenção
‘Outras medidas de prevenção são manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores’, completa. A situação crítica.
Fonte: @ Veja Abril