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Parlamentar acusada de integrar milícia núcleo político no Rio. Conselho Ética Decoro: votos contrários, núcleos operacional financeiro. Denúncia entregue: Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Transparência princípio: projeto de resolução submetido. (145 caracteres)
Com 4 votos a 2, o Conselho da Ética da Alerj decidiu nesta quinta-feira (20) arquivar o processo ético-disciplinar que envolvia a deputada Lucinha (PSD) e poderia resultar na perda de seu mandato. Os votos a favor do arquivamento foram dos deputados Cláudio Caiado (PSD), Júlio Rocha (Agir), Renato Miranda (PL) e Vinícius Cozzolino (União).
O Conselho Ético da Alerj demonstrou sua posição com 4 votos a 2 ao decidir pelo arquivamento do processo que poderia afetar o mandato da deputada Lucinha (PSD). Os deputados Cláudio Caiado (PSD), Júlio Rocha (Agir), Renato Miranda (PL) e Vinícius Cozzolino (União) foram favoráveis ao arquivamento do caso.
Conselho da Ética da Alerj: Processo Ético-Disciplinar em Andamento
Os votos contrários foram expressos pelas deputadas Dani Monteiro (PSOL) e Martha Rocha (PDT) durante a última sessão do Conselho Ético e Decoro Parlamentar. Para manter a integridade do processo, os pareceres e votos de cada parlamentar serão publicados no Diário Oficial, conforme o princípio da transparência.
O Conselho de Ética decidiu encaminhar o processo à Mesa Diretora da Casa por meio de um projeto de resolução, que poderá ser submetido ao plenário para decisão final. Este é um passo crucial no processo ético-disciplinar em andamento, que envolve a denúncia apresentada na última segunda-feira (17).
A deputada Lucinha e sua ex-assessora Ariane foram denunciadas pelo procurador-geral de Justiça por suspeita de envolvimento com a milícia conhecida como Bonde do Zinho. Segundo as investigações, Lucinha e Ariane faziam parte do núcleo político da organização criminosa liderada por Zinho, que se entregou às autoridades em dezembro do ano passado.
A denúncia, entregue ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, descreve a estrutura da milícia, composta por diferentes núcleos operacionais, financeiros e políticos. Lucinha e Ariane integravam o núcleo político, responsável por defender os interesses dos criminosos junto ao Poder Público.
Entre os episódios de interferência política mencionados na denúncia, destaca-se o fornecimento de informações privilegiadas sobre a agenda do prefeito do Rio, Eduardo Paes, às milícias. Isso permitiu que os criminosos evitassem ações policiais nas áreas sob seu controle.
Além disso, Lucinha e Ariane teriam atuado para manter uma brecha no transporte público que beneficiava a milícia, aumentando sua arrecadação. Elas também teriam recebido informações privilegiadas sobre investigações em curso para manipular os rumos das apurações.
A denúncia aponta ainda que Lucinha teria prestado auxílio a membros da milícia presos em flagrante e tentado influenciar o comando da Polícia Militar e autoridades políticas para favorecer os interesses do grupo criminoso.
O Conselho da Ética da Alerj segue acompanhando de perto o desenrolar deste processo ético-disciplinar, garantindo a transparência e a imparcialidade necessárias para a correta apuração dos fatos.
Fonte: @ Agencia Brasil