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Anualmente, R$ 4 bilhões investidos na bancário brasileiro contra fraudes, usando Cadastro, Digital Certificado, identificação de correntistas, coleta de excessivas informações: fotos, impressão digital, geolocalização, autenticação 2-fatores, normas ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira).
Um novo projeto contra fraudes bancárias foi discutido em uma reunião realizada hoje no Congresso Nacional. Durante o encontro, especialistas em segurança financeira apresentaram propostas para fortalecer a legislação e proteger os clientes contra possíveis golpes.
A segurança do sistema bancário é uma prioridade para todos os envolvidos na luta contra fraudes. A implementação de medidas mais rigorosas pode contribuir significativamente para a prevenção de crimes financeiros e garantir a tranquilidade dos consumidores durante a abertura de contas bancárias.
Projeto contra Fraudes Bancárias: Cadastro Digital Certificado e Identificação de Correntistas
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) propôs a criação do Cadastro Digital Certificado, estabelecendo normas para a identificação de correntistas ativos e passivos de contas de depósitos abertas de forma eletrônica. Segundo a proposta, os usuários dos serviços bancários devem validar sua identidade por meio de certificados a cada dois anos.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), aproximadamente R$ 4 bilhões são investidos anualmente no combate a golpes e fraudes bancárias no sistema bancário. Ivo Mósca, diretor de Inovação da Febraban, destacou que as instituições financeiras trabalham em conjunto para enfrentar esse desafio, enfatizando a importância de medidas eficazes.
Por outro lado, Luã Cruz, representante do Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec), alertou para a crescente frequência de vazamentos de dados e expressou preocupação com a coleta excessiva de informações exigida pelo projeto. Além dos dados tradicionais como nome, endereço e CPF, o projeto requer fotos faciais, coleta de impressão digital e até mesmo a fotografia de tatuagens ou sinais corporais específicos.
Cruz sugeriu a implementação de mecanismos adicionais de segurança, como a autenticação de dois fatores, que envolve o envio de um código por SMS, e a utilização de geolocalização para verificar a localização do usuário durante o processo de abertura de contas. Nesse sentido, o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), Leonardo Gonçalves, ressaltou a importância da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) como uma ferramenta essencial para garantir a segurança nesse processo.
Gonçalves enfatizou que o país já possui uma infraestrutura consolidada e auditada, atuando há mais de duas décadas para fornecer segurança tanto para a população em geral quanto para as instituições bancárias. A implementação de medidas como a autenticação de dois fatores e a utilização da ICP-Brasil pode contribuir significativamente para fortalecer o sistema bancário e proteger os usuários contra fraudes e golpes.
Fonte: @ Valor Invest Globo