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Percepção crescente de obrigatoriedade para autoridade monetária endurecer retórica sobre valorização dólar, piora nas expectativas para IPCA, discussions sobre natureza do balanço de riscos movimento Selic, retomada ciclo cortes, elevação Selic.
O Banco Central está prestes a anunciar sua decisão sobre a taxa Selic, e a expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa inalterada em 10,5% ao ano. Essa medida é aguardada com ansiedade pelo mercado financeiro, que busca sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária para controlar a inflação e estimular o crescimento econômico.
O papel do Banco Central como autoridade monetária é fundamental para garantir a estabilidade econômica do país. A atuação do Copom na definição da taxa Selic reflete a preocupação em equilibrar o controle da inflação com o estímulo ao desenvolvimento. Essas decisões impactam diretamente o cenário econômico nacional e influenciam as estratégias de investimento dos agentes do mercado.
Banco Central: Desafios e Decisões
No entanto, a percepção de que a autoridade monetária terá que adotar uma postura mais rígida está se tornando cada vez mais evidente entre os participantes do mercado. Isso se deve à valorização expressiva do dólar desde junho e à deterioração das expectativas em relação ao IPCA. Esses fatores tendem a afastar ainda mais as projeções de inflação do comitê para este ano e para 2025 do centro da meta oficial, que é de 3%.
É com base na expectativa de piora do IPCA que as discussões sobre o balanço de riscos para a inflação devem ganhar destaque. Especialmente neste momento em que os economistas estão divididos sobre a direção futura da Selic no Brasil, se será uma elevação ou uma redução.
Todas as 123 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor estão prevendo que o Copom manterá a taxa de juros em 10,5% na próxima reunião. A maioria esmagadora dessas instituições projeta que a taxa básica permanecerá nesse patamar pelo menos até o final de 2024. Apenas 12 delas vislumbram alguma mudança na direção dos juros até dezembro. Nove dessas instituições esperam a retomada do ciclo de cortes, enquanto três indicam uma possível elevação na Selic ainda este ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo