Especialistas acreditam redução lenta da taxa Selic não afetar negativamente mercado imobiliário. Nível básico juros, intensidade ritmo alterações, determina projectos rentabilidade.
Recentemente, a queda da Selic foi novamente destaque nos noticiários econômicos. A decisão do Copom em reduzir a taxa básica de juros para 10,25% surpreendeu alguns analistas, mas reflete a estratégia do Banco Central em estimular a economia. A expectativa é de que essa queda tenha impactos significativos no mercado financeiro, influenciando desde investimentos até o custo do crédito para empresas e consumidores.
Com a Selic em baixa, é possível que as instituições financeiras ajustem suas políticas de juros e descontos para se adaptarem ao novo cenário. Os consumidores devem ficar atentos às mudanças nas taxas de financiamento e buscar alternativas para aproveitar as oportunidades geradas por essa redução. É um momento de avaliar estratégias de investimento e planejar as próximas movimentações no mercado, aproveitando as vantagens proporcionadas pela queda da Selic.
Impacto da Queda da Taxa Selic no Mercado Imobiliário
Apesar do mais recente movimento da Selic, que atingiu seu menor nível desde dezembro de 2021, marcando 9,25%, a redução de 0,25% pontos percentuais representa uma mudança de ritmo após seis cortes consecutivos de 0,50 pp. A previsão de queda de juros do FED coloca pressão sobre o Banco Central, resultando em uma diminuição do ritmo, como explicado por Gustavo Favaron, CEO do GRI Club, grupo de networking do setor imobiliário.
A queda da Selic tem implicações significativas no mercado, especialmente no setor imobiliário. A expectativa é de que os financiamentos de imóveis e carros se tornem mais acessíveis, uma vez que os juros mais baixos levam a taxas de financiamento mais vantajosas. Esse cenário abre portas para uma parcela maior da sociedade, aquecendo o setor, como observado pelo executivo.
Por outro lado, os vendedores de imóveis também são beneficiados pela redução dos juros, já que torna o financiamento mais acessível, aumentando a demanda e impulsionando a valorização dos imóveis. Adriano Mantesso, diretor geral da América Latina na Ivanhoé Cambridge, destaca que essa mudança tem boas implicações para o mercado, exigindo decisões estratégicas dos investidores.
A rentabilidade dos projetos também é afetada pela Selic, como aponta Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica. A taxa de juros desempenha um papel crucial na viabilidade dos projetos imobiliários, influenciando diretamente na rentabilidade. Quanto maior o custo de produção, maior será o desafio para garantir a rentabilidade do projeto.
Para Favaron, apesar do ritmo mais lento, a queda da taxa de juros abre caminho para uma redução nos financiamentos imobiliários. Ele enfatiza que, mesmo diante de um cenário desafiador, o mercado continua favorável, com uma demanda saudável que pode resultar em mais transações com uma pequena redução.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) também demonstra otimismo em relação à queda da Selic, destacando a importância de um compromisso sustentável do Banco Central com a redução da taxa no longo prazo. O Brasil ainda enfrenta desafios com uma das maiores taxas de juros reais do mundo, o que impacta diretamente no crescimento econômico do país.
Fonte: © Estadão Imóveis