CEO cofundador Mateus Dantas é acusado de copiar ideia fantasy game futebol e abrir nova sociedade sem parceiro. Sou advogado no escritório Champs.
Uma situação semelhante a um enredo de filme ocorreu em uma disputa societária envolvendo gigantes corporativos. Em meio a uma acirrada briga societária, os acionistas travaram uma batalha pelo controle da empresa, mudando para sempre o seu cenário.
Nesse contexto de conflito acionista, estratégias agressivas foram utilizadas para lidar com a disputa empresarial em questão. A resolução dessa disputa societária impactou não apenas os envolvidos, mas também o mercado como um todo, deixando marcas significativas na história das corporações.
Disputa Societária no Mundo das Startups
No universo dinâmico das startups, é comum surgirem disputas empresariais acaloradas relacionadas ao peso da participação de cada pessoa na origem e no desenvolvimento das empresas. Um caso emblemático que ilustra essa realidade é a briga societária envolvendo o Rei do Pitaco, um renomado fantasy game de futebol no Brasil, que conta com poderosos investidores como Kaszek, Globo Ventures e DST Global, e já arrecadou quase US$ 40 milhões ao longo dos anos.
A recente disputa societária que veio à tona envolve Michel Rozenberg Zelazny e Mateus Dantas, CEO e cofundador do Rei do Pitaco. Em um processo protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em 11 de abril, Zelazny acusa Dantas de ter se apropriado da ideia do fantasy game, com o qual trabalharam juntos, para criar uma nova empresa, a MMD Tecnologia, Entretenimento e Marketing, sem a sua participação ou consentimento.
É importante ressaltar que a ação movida por Zelazny não é direcionada ao Rei do Pitaco ou aos investidores do projeto, mas sim a Dantas, a quem os advogados do escritório Champs Law representam. De acordo com a defesa de Zelazny, Dantas teria se beneficiado indevidamente da exploração não autorizada de um patrimônio que não lhe pertencia exclusivamente, deixando Zelazny de fora do empreendimento original de forma injusta.
No processo, Zelazny busca reconhecimento e validação da sociedade que ele alega ter com Dantas, além de requerer compensações pelos danos causados, incluindo uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil. Por sua vez, Dantas, por meio de sua assessoria, nega as acusações e afirma que Zelazny não demonstrou interesse no projeto quando contatado para participar da nova empreitada.
A história do Rei do Pitaco remonta a 2019, quando Dantas e Kiko Augusto, entusiastas de esportes e programadores, fundaram a empresa. O jogo permite que os usuários criem escalações com jogadores de futebol profissional e acumulem pontos com base no desempenho desses atletas em partidas reais. A empresa, inicialmente pequena, expandiu rapidamente, alcançando mais de 14 milhões de downloads e distribuindo mais de R$ 210 milhões em prêmios para mais de 565 mil usuários até o momento.
Fonte: @ NEO FEED