A maioria dos jatos 737 MAX 9 da Alaska Airlines foram parados para inspeções após incidente, retomando os voos após plano de melhoria de segurança.
Um incidente ocorrido em janeiro chamou atenção para o Boeing 737 Max, da companhia Alaska Airlines, quando a porta da aeronave se soltou durante a decolagem. De acordo com um relatório preliminar divulgado nesta terça-feira, 6, pelo National Transportation Safety Board, foram identificados quatro parafusos faltando no incidente.
O Boeing 737 Max 9, conhecido por ser um dos modelos mais recentes da família 737 Max, tem sido objeto de preocupação desde os acidentes fatais que resultaram na paralisação de suas operações pelo mundo. A segurança das aeronaves continua sendo prioridade para as autoridades e companhias aéreas que operam os jatos Max 9.
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Boeing 737 Max: Relatório Preliminar do Acidente
Os investigadores do acidente afirmaram em um relatório preliminar emitido na terça-feira que a ausência de ‘danos de contato ou deformação’ ao redor de certos furos ‘indicam que os quatro parafusos que impedem o movimento ascendente do plugue da porta estavam faltando’ antes de ele se soltar da aeronave. Segundo informações do jornal Wall Street Journal, os parafusos provavelmente foram deixados de fora por funcionários da Boeing que reinstalaram a porta após abri-la ou removê-la durante a produção.
Os quatro parafusos impedem a peça de se mover para cima e, o plugue da porta teve que ser aberto para substituir rebites danificados identificados em 1º de setembro, segundo o relatório.
Os rebites danificados foram substituídos, mas uma foto incluída em uma troca de mensagens de texto entre funcionários da Boeing em 19 de setembro mostra o plugue da porta fechado sem pelo menos três dos parafusos. O local onde o quarto parafuso teria sido instalado está coberto na foto.
Alaska Airlines, National Transportation Safety Board e outras autoridades estão investigando as práticas de fabricação da Boeing após a descoberta de hardware solto em alguns dos jatos MAX 9. A Administração Federal de Aviação dos EUA disse na segunda-feira que 135 dos 144 jatos MAX 9 dos EUA que estavam parados foram inspecionados e devolvidos ao serviço.
Durante o processo de inspeção, foram descobertos problemas com hardware solto em alguns jatos MAX 9, o que levou à investigação das práticas de fabricação da Boeing. A FAA limitou no mês passado a produção de jatos 737 MAX pela Boeing.
O presidente executivo da Boeing, David Calhoun, disse que a empresa está implementando um plano de melhoria. ‘Seja quais forem as conclusões finais, a Boeing é responsável pelo que aconteceu’, disse Calhoun. ‘Um evento como este não deve ocorrer em um avião que sai de nossa fábrica. Simplesmente temos que fazer melhor para nossos clientes e seus passageiros.’
Fonte: © Exame.
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