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Em abril, acordo preservar R$ 4,3bilhões caixa até 2027. Dívida passa de 22 meses para 72, com reperfilamento, refinanciamento principal, janelas trimestrais. Alívio financeiro: reestruturação operacional, reduz despesas pessoal, omitir pagamentos, Ebitda ajustado 42,6% recuada. Metas transformação, emite nova dívida, converte dívida financeira em equity, prejuízo R$ 261milhões. (146 caracteres)
A decisão judicial em São Paulo validou hoje, 19 de junho, a reestruturação da dívida da Casas Bahia, conforme informações de fontes próximas ao caso consultadas pelo NeoFeed. A previsão é de que a validação seja divulgada publicamente ainda hoje ou amanhã, 20 de junho, conforme as mesmas fontes. Ao ser contatada pelo NeoFeed, a Casas Bahia optou por não se pronunciar.
O refinanciamento da dívida da empresa varejista foi aprovado pela Justiça de São Paulo, seguindo os trâmites legais. Essa medida visa proporcionar mais flexibilidade financeira à Casas Bahia, possibilitando um novo cenário para a empresa se reerguer. A reestruturação da dívida é um passo importante para a saúde financeira da companhia, conforme especialistas do setor.
Reperfilamento de Dívida: Um Passo Importante para Alívio Financeiro
O reperfilamento de dívida é um passo importante para oferecer alívio financeiro e desbloquear crédito, representando uma medida severamente necessária para a reestruturação operacional da empresa. Anunciado em abril, o acordo negociado com os principais credores da varejista, Bradesco e Banco do Brasil, prevê o reperfilamento da dívida da empresa com os bancos, em um esforço que ajudará a preservar R$ 4,3 bilhões de caixa até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente em 2024.
O acordo resultará no alongamento do prazo médio da dívida de 22 meses para 72 meses e na redução de 1,5 ponto percentual do custo médio de dívida, totalizando economia de R$ 400 milhões no período. A remuneração sairá dos atuais CDI mais 2,7% ao ano para CDI mais 1,2% ao ano. Além disso, o acordo inclui uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento de principal.
Com a homologação, o próximo passo será a emissão de uma nova debênture, no valor de R$ 4,1 bilhões, que substituirá os papéis vigentes, concentrando toda a dívida financeira da companhia nesses novos ativos. Uma parte da dívida dos bancos, cerca de R$ 1,3 bilhão, terá o direito de ser convertida em equity em um período de 18 a 36 meses, com janelas trimestrais para essa troca. Isso permitirá à Casas Bahia concentrar-se no plano de capital e melhorar sua situação financeira.
Sob a liderança de Renato Franklin, a empresa prevê a reestruturação do capital, que se concretiza com o reperfilamento da dívida. A reestruturação operacional é outra frente importante, com a adoção de uma estrutura mais enxuta e foco nas áreas de venda mais rentáveis, como linha branca, televisores, celulares, móveis e eletrônicos.
No primeiro trimestre, a companhia registrou um prejuízo de R$ 261 milhões, uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida da empresa caiu 13,7%, para R$ 6,3 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado recuou 42,6%, para R$ 387 milhões. Dentro das metas do plano de transformação, a empresa conseguiu manter os estoques abaixo de 80 dias e reduzir as despesas com pessoal em 14,6%.
As ações da Casas Bahia fecharam o dia com alta de 3,64%, a R$ 5,70. No ano, elas registram queda de 49,9%, levando o valor de mercado a R$ 542 milhões. A reestruturação da dívida e as metas do plano de transformação estão no caminho certo para garantir a sustentabilidade financeira e operacional da empresa.
Fonte: @ NEO FEED