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Câncer de pulmão não-pequenas células: tumor destacado em globo oncológico, melhorou sobrevida e qualidade de vida >5 anos, lenta progressão ou ausente, ALK gene mutação, terapia-alvo ( taas, laura), imunoterapia (adriático ), ensaios clínicos fase 3. Câncer de pulmão tratamento personalizado, eficácia superior, câncer de pulmão não-pequenas células.
O câncer de pulmão é uma doença que requer atenção e cuidados constantes, sendo fundamental a realização de exames preventivos para detectá-lo precocemente. Durante a conferência internacional sobre oncologia, foram discutidas novas abordagens no tratamento do câncer de pulmão, trazendo esperança para pacientes e profissionais da saúde.
A prevenção do câncer de pulmão envolve não apenas a conscientização sobre os fatores de risco, como o tabagismo, mas também a importância de hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular. Com avanços constantes na pesquisa oncológica, a busca por terapias mais eficazes e menos invasivas para o tratamento do câncer de pulmão é uma prioridade para a comunidade científica.
Caminhos de Personalização do Tratamento do Câncer de Pulmão
Diversas investigações têm se dedicado a aprimorar as terapias disponíveis para o câncer de pulmão, visando aumentar a sobrevida dos pacientes e proporcionar suporte eficaz durante os cuidados paliativos. Essa abordagem busca garantir acolhimento e melhor qualidade de vida para aqueles que já não respondem aos tratamentos convencionais.
O câncer de pulmão, associado principalmente ao tabagismo em mais de 80% dos casos, é uma das principais causas de morte em todo o mundo. As pesquisas mais recentes têm se concentrado em estratégias para personalizar o tratamento e combater de forma eficaz as células cancerígenas, com destaque para o câncer de pulmão de não pequenas células, o tipo mais comum que apresenta riscos de metástases cerebrais.
Um dos pontos altos das pesquisas recentes foi o estudo envolvendo o lorlatinibe, desenvolvido pela Pfizer, que demonstrou uma taxa de eficácia impressionante na sobrevida sem progressão da doença em 60% dos casos após cinco anos. Esse resultado é considerado um padrão-ouro nesse tipo de estudo e foi obtido a partir da análise de 296 pacientes com mutação do gene ALK.
Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, ressaltou a importância desse avanço, destacando o benefício significativo do lorlatinibe para os pacientes, especialmente pela sua capacidade de proteger o sistema nervoso central contra metástases cerebrais, uma vulnerabilidade comum nesse perfil de pacientes.
Além disso, os estudos de terapia-alvo e imunoterapia, como os ensaios clínicos de fase 3 Laura e Adriatic da AstraZeneca, têm trazido inovações no tratamento do câncer de pulmão. No ensaio Laura, o osimertinibe, primeiro inibidor do gene EGFR, demonstrou um aumento expressivo na sobrevida livre de progressão em pacientes com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm), reduzindo o risco de morte ou progressão da doença em 84%.
William Nassib William Jr., líder da especialidade de tumores torácicos da Oncoclínicas, destacou a relevância desse avanço, especialmente para pacientes com mutação no gene EGFR, ressaltando a melhora na eficácia do tratamento proporcionada pela terapia-alvo.
Já o estudo Adriatic concentrou-se no câncer de pulmão de pequenas células em estágio limitado, explorando a imunoterapia com durvalumabe. Os resultados foram promissores, com uma redução de 27% no risco de morte e 57% dos pacientes ainda vivos após três anos. Essa descoberta é significativa, uma vez que apenas uma parcela reduzida de pacientes apresenta resposta satisfatória aos tratamentos disponíveis.
Essas inovações no tratamento do câncer de pulmão, incluindo a personalização terapêutica e a utilização de terapias-alvo e imunoterapia, representam avanços importantes na busca por opções mais eficazes e menos invasivas para os pacientes. A contínua evolução da medicina oncológica, aliada à realização de ensaios clínicos de fase 3 como Laura e Adriatic, promete trazer esperança e melhores perspectivas para aqueles afetados por essa doença desafiadora.
Fonte: @ Veja Abril