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Cientistas criaram rostros de robôs com “pele viva” de estruturas e tecidos humanos, incluindo ligamentos, colágeno e elastina. Perfurações formam um “V” para fixar materiais sólidos. Sophisticados atuadores geram sorrisos e expressões, semelhantes a humans. (144 caracteres)
Em uma recente pesquisa, cientistas alemães desenvolveram uma técnica inovadora para aplicar ‘pele viva’ em próteses humanas, proporcionando uma aparência mais natural e realista. Através da utilização de materiais biocompatíveis, eles conseguiram criar uma camada externa que imita com precisão a textura e a flexibilidade da pele humana. Essa inovação promete revolucionar a indústria de próteses e proporcionar mais conforto e confiança aos usuários.
Além disso, os pesquisadores estão explorando a possibilidade de utilizar materiais sustentáveis para a criação de ‘pele artificial’ que seja ecologicamente correta e durável. Essa abordagem inovadora visa não apenas melhorar a estética das próteses, mas também contribuir para a preservação do meio ambiente. Com a combinação de tecnologia de ponta e consciência ambiental, o futuro das próteses com ‘pele artificial’ parece promissor e sustentável.
Peles Vivas e Artificiais: Avanços na Tecnologia Robótica
Os pesquisadores estão explorando novas possibilidades na criação de humanoides realistas, dotados de uma pele viva que se autorregenera, proporcionando resistência e flexibilidade. A pele artificial, produzida em laboratório a partir de células vivas, surge como uma alternativa inovadora, capaz de imitar não apenas a maciez da pele humana, mas também sua capacidade de autorregeneração em caso de cortes.
No entanto, os desafios persistem, especialmente quando se trata de integrar essa pele artificial aos robôs de forma eficaz. Tentativas anteriores revelaram complicações, com miniganchos danificando a pele durante os movimentos do robô. A solução encontrada pelos pesquisadores envolve a imitação das estruturas de ligamentos presentes na pele humana, compostas por colágeno e elastina.
A técnica adotada consiste em perfurar o robô com pequenos orifícios em forma de V, aplicar um gel de colágeno e, posteriormente, cobrir com a pele artificial. Essa abordagem permite que o gel preencha os buracos, fixando a pele de forma segura ao rosto do robô. A cirurgia plástica robótica, como é chamada essa técnica, representa um avanço significativo na área da robótica e da engenharia de tecidos.
Shoji Takeuchi, líder do estudo, destaca a importância de replicar a flexibilidade natural da pele e a adesão eficaz aos componentes mecânicos do robô. Os resultados promissores dessa pesquisa foram divulgados na revista científica Cell Reports Physical Science, indicando um caminho promissor para o futuro da tecnologia robótica.
Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer até que essa tecnologia se torne parte do cotidiano. Desafios como a criação de expressões faciais realistas, por meio de atuadores sofisticados, e a integração harmoniosa com os músculos do robô, continuam sendo obstáculos a serem superados. No entanto, os benefícios potenciais dessa pesquisa vão além da robótica, podendo contribuir para estudos sobre envelhecimento da pele, desenvolvimento de cosméticos e aprimoramento de procedimentos cirúrgicos, incluindo a cirurgia plástica.
Fonte: © G1 – Tecnologia