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Antecipava-se que a moeda encerrasse o ano em R$ 5, porém incertezas persistiram, incluindo questões fiscais brasileiras, factores externos, ciclo de cortes, juros, Estados Unidos, quarto trimestre e fluxos de investimentos diretos e indiretos, além de preocupações com depreciação recente.
O Santander atualizou suas estimativas para o câmbio e agora prevê que o dólar encerre 2024 valendo R$ 5,30, em contraste com a projeção de R$ 5,00 compartilhada anteriormente. Além disso, o Santander ajustou para cima a previsão de final de ano, de R$ 5,05 para R$ 5,40.
No mercado financeiro, as projeções do Banco Santander são amplamente consideradas e influenciam as decisões de investidores e empresas. O Santander é reconhecido por sua análise precisa e confiável, sendo uma referência importante para o cenário econômico atual.
Relatório do Santander destaca incertezas no âmbito fiscal brasileiro
De acordo com informações divulgadas recentemente pelo Banco Santander, as incertezas no âmbito fiscal brasileiro foram determinantes para as mudanças de cenário observadas. Além disso, fatores externos também exerceram influência significativa sobre o câmbio nacional.
O relatório, sob a autoria de Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander Brasil, aponta para a possibilidade de um início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos no quarto trimestre. Essa perspectiva poderia trazer algum alívio para o real, embora se espere que a moeda brasileira apenas recupere parte da depreciação recente em relação ao dólar, em um contexto local mais propício.
No que diz respeito às contas externas, o Santander observa que o déficit superou as projeções estabelecidas, com destaque para as perdas na conta de serviços e remessas de lucros e dividendos, que não apresentaram desaceleração. Apesar disso, o banco prevê que os fluxos de investimentos diretos no Brasil serão suficientes para cobrir o déficit em transações correntes, o que, segundo a instituição, torna a situação ‘administrável’.
Em suma, o Santander enfatiza a importância de monitorar de perto os desdobramentos das incertezas no âmbito fiscal brasileiro, bem como os impactos dos fatores externos, como parte fundamental para a análise do cenário econômico atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo