Ex-presidentes Malan e Franco discutiram macroeconômica e evolução do mercado, abordando temas como governança, agenda, reestruturação, reuniosibilidade, contas-públicas e Plano Real (quatrocentas e noventa-quatro). Longo prazo: perspectivas e gestão.
Críticas à política-fiscal brasileira têm se multiplicado no cenário econômico atual, sobretudo em meio a um cenário de incerteza em relação à eficácia das medidas adotadas pelo governo em contraposição à política monetária do Banco Central (BC).
A necessidade de uma revisão mais profunda da política-econômica do país se torna cada vez mais evidente, a fim de garantir uma maior coerência entre a política-fiscal e as demais diretrizes econômicas em vigor. É crucial que haja uma integração mais efetiva entre os diferentes aspectos da política nacional para promover um ambiente econômico mais estável e propício ao crescimento sustentável.
Desafios da Política Fiscal e a História Brasileira
Não é de hoje que a dinâmica perdulária está enraizada em nossa história. A questão que surge é: o Brasil tem solução para os desafios da política fiscal? Segundo as sumidades do mercado Pedro Malan e Gustavo Franco, o quadro fiscal do Brasil pode ser solucionado, mas não de maneira tão simples.
Ambos com experiência significativa, tendo presidido o Banco Central na década de 1990 e contribuído para o Plano Real, Malan e Franco destacam a importância do bom comportamento fiscal. Esse aspecto não apenas permite taxas de juros mais baixas, mas também impulsiona a geração de riqueza no país.
Durante um painel realizado pela B3 e pela Anbima, Malan e Franco discutiram a necessidade de uma liderança política forte para articular as discussões econômicas e avançar com uma agenda de consolidação fiscal em Brasília. No entanto, como apontado por Castro, essa mediação é complexa e a falta de liderança política é uma realidade preocupante.
A reunião desses especialistas ressaltou a importância da política fiscal responsável, que muitas vezes escapa à compreensão dos políticos no poder. A reestruturação macroeconômica, exemplificada pelo Plano Real, teve um impacto significativo no mercado brasileiro, impulsionando a capitalização da bolsa e criando riqueza de forma acelerada.
Franco enfatizou a diferença entre os efeitos de uma política fiscal abrangente, como o Plano Real, e a política monetária. Enquanto os juros são fundamentais para as expectativas do mercado no presente, a política fiscal trata da gestão das contas públicas, equilibrando despesas e receitas em todos os níveis de governo.
Malan ressaltou a necessidade de um regime fiscal que permita às pessoas planejar a longo prazo, garantindo estabilidade e segurança para as gerações futuras. As reformas implementadas pelo Plano Real foram cruciais para elevar a economia brasileira ao grau de investimento, atraindo investidores estrangeiros e fortalecendo a credibilidade do país no cenário internacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo