Justiça aceita governo não demolir imóveis na Vila após deslizamentos. Cadastramento de famílias pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e obras de contenção.
A solicitação do governo do estado de São Paulo para cessar a demolição de residências na Vila Sahy foi aceita pela Justiça, localizada em São Sebastião, no litoral norte. A comunidade foi fortemente impactada pelos deslizamentos que ocorreram durante o carnaval do ano passado, resultando na trágica morte de 64 pessoas na Vila Sahy.
Essa decisão representa um alívio para os moradores da Vila Sahy e demonstra a sensibilidade das autoridades em buscar alternativas para a reconstrução desta importante região. A preservação da localidade é essencial para a segurança e bem-estar dos habitantes, que agora podem se sentir mais tranquilos em relação ao futuro da Vila Sahy.
Reestruturação e Desenvolvimento na Vila Sahy
De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a localidade da Vila Sahy não foi alvo de demolições, mas sim de trabalhos de limpeza após os deslizamentos ocorridos, visando a preparação para futuras intervenções. Existe um diálogo em andamento com os residentes locais acerca de um plano de urbanização, porém nenhuma decisão definitiva foi tomada até o momento.
A CDHU informou que foram disponibilizadas 704 unidades habitacionais para as famílias afetadas, após o cadastramento adequado dos moradores, destacando que ainda existem oportunidades para o cadastramento de novas famílias necessitadas. Quanto às obras de contenção, estas estão sendo conduzidas pela Prefeitura de São Sebastião, visando garantir a segurança da região.
Uma decisão recente, datada de 15 de abril, revela que a população da Vila Sahy, representada pela associação de moradores e pela Defensoria Pública de São Paulo, expressou concordância com a solicitação de desistência em um processo coletivo. O Juiz Vitor Hugo Aquino de Oliveira mencionou que as ações em curso na Vila Sahy estão sendo realizadas em conformidade com a comunidade local afetada.
A Associação de Moradores da Vila Sahy (Amovila) celebrou a decisão, destacando, no entanto, que ainda existem questões pendentes a serem abordadas na região. A entidade enfatizou a importância do diálogo contínuo com os moradores para a implementação de qualquer projeto no bairro, ressaltando a necessidade de solucionar demandas ainda em aberto e fortalecer a união em busca de respostas coletivas.
Progresso e Desafios na Vila Sahy
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que inicialmente pleiteava a remoção de 893 residências na Vila Sahy, modificou sua solicitação, reduzindo-a para 194 casas desocupadas e 172 imóveis situados em áreas consideradas de maior risco. O pedido de desistência formulado pela PGE em janeiro foi acatado pelo Judiciário, abrangendo todos os imóveis na região, conforme afirmou a CDHU.
Um morador atento às ações governamentais na localidade, Moisés Teixeira Bispo, relatou que toda a Vila Sahy está passando por transformações. Mesmo diante dos transtornos causados pelas obras em andamento, a comunidade está engajada e confiante no propósito do projeto. Moisés ressaltou a importância do diálogo constante com as autoridades para lidar com os desafios.
No que diz respeito às habitações em áreas de risco, estão em andamento obras de contenção e drenagem, prestes a serem concluídas. Posteriormente, serão realizadas novas avaliações de risco nessas localidades. Moisés destacou a aproximação entre o poder público e a Associação de Moradores da Vila Sahy para discutir o plano de urbanização da região de forma colaborativa e participativa.
Fonte: @ Agencia Brasil