A quarta oferta do fundo de infraestrutura elevou o patrimônio para R$ 400 milhões, com mais de 15 mil cotistas, incluindo fundos de pensão.
A Sparta anunciou nesta terça-feira (26) o encerramento da captação de recursos para o seu fundo Sparta Infra CDI (CDII11), disponível na B3, com uma demanda robusta. Apesar de ter iniciado com uma oferta de R$ 200 milhões, a operação foi ampliada para R$ 250 milhões devido à alta procura dos investidores, ultrapassando as expectativas iniciais.
O CDI é uma sigla que representa a taxa CDI que serve de referência para diversos investimentos no mercado financeiro, incluindo o fundo da Sparta. A rentabilidade do Sparta Infra CDI está atrelada a esse indicador, proporcionando aos investidores uma forma de obter ganhos de acordo com a variação da taxa. Investir em um fundo atrelado ao CDI pode ser uma estratégia interessante para quem busca rentabilidade atrelada a esse índice.
O sucesso da captação do CDI11 e o aumento dos cotistas
‘Não tínhamos previsto uma procura tão alta, foi algo inesperado’, relata ele. Com mais de 12 mil investidores participando, o rateio foi considerável: quem solicitou R$ 100 mil recebeu pouco mais de R$ 28 mil. Durante o período de preferência, cerca de 30% dos antigos acionistas exerceram seu direito, superando a média de mercado, que varia entre 10% e 15%.
A quarta oferta do fundo, inaugurada no começo do ano passado, elevou o patrimônio total a R$ 400 milhões e o número de cotistas de pouco mais de 4 mil para mais de 15 mil. O CDI11 negocia atualmente mais de R$ 1 milhão diariamente e, de acordo com Nehmi, esse volume tem potencial para duplicar.
O potencial do CDI11: investimento em infraestrutura e retorno acima do CDI
O fundo concentra seus investimentos em debêntures do setor de infraestrutura atreladas ao CDI e está aberto para investidores em geral, com uma meta de retorno de 2% ao ano, superior ao CDI. Atualmente, a carteira abrange mais de 70 ativos, um número que, segundo o CEO da empresa de gestão, poderá alcançar 90.
‘Atualmente, não temos um ativo específico para investir, mas estamos de olho em oportunidades no mercado primário e secundário em busca de aquisições eficazes. Sendo um fundo listado, que não sofre retiradas, temos mais liberdade para buscar vencimentos e condições fora do convencional que gerem maiores retornos.’ As recentes restrições impostas pelo Conselho Monetário Nacional, no início de fevereiro, às emissões de títulos bancários e Certificados de Recebíveis Imobiliários, mudaram o cenário para as debêntures incentivadas, aumentando a demanda e reduzindo os spreads em 0,5 ponto percentual ao ano, em média.
Os feitos da Sparta e o rendimento do CDI11+
A Sparta encerrou as novas aplicações para o Sparta Debêntures Incentivadas ao atingir R$ 1 bilhão em fevereiro, com um rendimento de CDI+9% nos últimos 12 meses. Continuam abertos o Sparta Debêntures Incentivadas Inflação, com perfil indexado à inflação, e o Sparta Debêntures Incentivadas Estratégico, de perfil prefixado. Juntos, os dois fundos têm captado em média R$ 500 milhões mensalmente. ‘Estamos observando um pipeline de emissões robusto no caso das debêntures incentivadas. Apenas neste mês de março, esperamos uma emissão superior a R$ 10 bilhões. Acreditamos que este ano poderá bater recordes e superar os R$ 70 bilhões em emissões’, revela Nehmi.
A gestora tem mantido conversações com fundos de pensão para a criação de fundos específicos de debêntures de infraestrutura, tanto incentivadas quanto aquelas recentemente criadas pelo governo, com apelo tanto para as incentivadas quanto para as demais. ‘Há um grande interesse por parte dos fundos porque se trata de um setor com receitas previsíveis. A infraestrutura é o tópico em destaque deste ano’, conclui.
Fonte: @ Valor Invest Globo