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Fabricantes usam calçados com placas de carbono e modernas espumas (tecnologia avançada) para melhorar atletas performance, buscando marcar recorde sub-2h na maratona masculina. Guerra de estratégias: placas quentes, pistola de cola, trampolim de estabilidade, movimentos coordenados, calor dissipation, tênis leves. Diminuindo riscos lesões. Modernas técnicas.
‘Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, o supertênis se destaca como uma inovação revolucionária no universo esportivo. Com materiais de última geração e design futurista, os atletas têm à disposição um calçado que potencializa seu desempenho de maneira extraordinária’, destaca Ronaldo da Costa, recordista mundial da maratona. O ex-atleta, que quebrou barreiras em 1998 com seu talento e determinação, reconhece o impacto positivo que a combinação entre tecnologia e esporte pode proporcionar.
Ao refletir sobre a evolução do esporte, Ronaldo da Costa enfatiza que a incorporação de novas tecnologias, como os supertênis, é fundamental para impulsionar os limites do desempenho humano. Com a união entre inovação e determinação, os atletas têm a oportunidade de alcançar resultados extraordinários e superar desafios que antes pareciam intransponíveis. A busca pela excelência no esporte é um processo contínuo e dinâmico, onde a tecnologia desempenha um papel crucial na jornada rumo à superação de recordes e conquistas inéditas.’
Supertênis: A Revolução da Tecnologia nos Calçados de Corrida
E acredita que poderia diminuir o tempo em cerca de três minutos com os tênis e, claro, treinamentos e dietas atuais, por exemplo. O atual recorde masculino da maratona é 2h00min35s, tempo registrado pelo queniano Kelvin Kiptum, que faleceu em fevereiro, aos 24 anos. Entre as mulheres, o melhor tempo é da etíope Tigist Assefa, com 2h11min53s. E não são só corredores que buscam essas marcas: as fabricantes de tênis travam uma longa guerra por recordes de atletas que elas patrocinam e, hoje, têm como um de seus objetivos atingir um tempo abaixo de duas horas na maratona masculina.
As Estratégias das Marcas de Tênis na Busca pela Excelência
Para isso, elas produzem os chamados ‘supertênis’, que utilizam materiais de ponta como placas de carbono sob as palmilhas e espumas modernas que deixam os calçados mais leves. Um modelo desse tipo chega a custar R$ 4.000. Há também uma empresa que trabalha em um tênis impresso para se ajustar perfeitamente ao pé do atleta. O modelo é feito com uma espécie de pistola de cola quente automatizada, que usa 1,5 km de fios e dispensa colas e costuras. Essas são algumas das estratégias adotadas por fabricantes de tênis de corrida, que têm buscado: melhorar a impulsão de atletas a cada passada, criando uma espécie de efeito trampolim; oferecer mais estabilidade para permitir que corredores façam movimentos ainda mais coordenados e diminuir os riscos de lesões; aumentar o conforto com tênis mais leves e tecidos que têm mais capacidade de dissipar o calor. A avaliação é de Rudnei Palhano, doutor em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). ‘O avanço da tecnologia está contribuindo para que novos recordes venham a ser batidos’, disse Palhano, ao g1. ‘E essa tecnologia não é somente para os atletas, chega no público de forma geral’.
O Papel do Carbono nos Supertênis de Última Geração
Na disputa pelo melhor tênis, a placa de carbono é uma das armas usadas pelos fabricantes, que ajustam esse componente de acordo com seus interesses. Ele é uma camada fina que fica nas entressolas do tênis e servem para melhorar a estabilidade e a impulsão dos atletas. ‘Quando o atleta pisa, o calçado devolve um pouco dessa energia no calcanhar, fazendo com que ele tenha uma propulsão e gaste menos energia nesse movimento’, explicou Palhano. ‘Quando você consegue economizar energia, pode chegar mais íntegro ao final da sua competição. Pode ser uma pequena fração, mas, no caso de uma maratona de 42 km, isso é significativo’. O primeiro tênis com placa de carbono foi criado pela Nike e estreou na maratona das Olimpíadas do Rio, em 2016. Dois corredores patrocinados pela empresa alcançaram o pódio naquela ocasião com o que viria a ser chamado de Vaporfly 4%. Em 2019, o queniano Eliud Kipchoge usou outro tênis da Nike com placa de carbono, o Alphafly 3, e conseguiu correr uma maratona abaixo de 2h, mais especificamente em 1h59min40s.
Fonte: © G1 – Tecnologia