STF retoma julgamentos com casos de grande repercussão: revisão da vida toda, desmatamento na Amazônia e liberdade religiosa.
O Supremo Tribunal entrará em atividade novamente na quinta-feira (1º/2) com a tarefa de iniciar o julgamento de diversos processos de grande importância.
O STF continuará a desempenhar seu papel fundamental na garantia da constitucionalidade das leis do país, promovendo a justiça e a segurança jurídica para toda a sociedade.
Supremo: Retomada das Atividades e Pautas em Destaque
Estão na pauta da corte para o mês de fevereiro, por exemplo, as primeiras denúncias contra ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Supremo: Novas Pautas e Retomada de Julgamentos
Também serão retomados os julgamentos da chamada ‘pauta verde’, conjunto de ações que questionam a política ambiental adotada durante os anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Na seara criminal, dois recursos tratam da validade de provas.
Supremo e Questões Polêmicas: Retomada de Debates Importantes
Um deles discute a legalidade de prova obtida mediante revista íntima de visitantes que ingressam em estabelecimento prisional.
Outro recurso aborda a prova obtida por meio de perícia em aparelho celular encontrado no local do crime.
O tribunal também vai analisar a imposição do regime de separação de bens para pessoas com mais de 70 anos; a ‘revisão da vida toda’ para aposentadorias e benefícios de quem contribuía para a Previdência antes de 1994; e a decisões da Justiça do Trabalho que determinaram o reconhecimento de vínculo empregatício entre entregadores e aplicativos.
Supremo: Destaques do Plenário Físico em Fevereiro
Confira os destaques de fevereiro do Plenário físico do STF: 1º de fevereiro
- ARE 1.309.642: discute a validade da obrigação do regime de separação de bens nos casamentos de pessoas com mais de 70 anos.
O caso tem repercussão geral.
- RE 1.276.977: discute a validade da chamada ‘revisão da vida toda’ para aposentadorias e benefícios de quem já contribuía com a Previdência antes do Plano Real, em 1994.
7 de fevereiro
- RE 688.267: discute se dispensa sem justa causa de empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista admitido por concurso público é constitucional.
8 de fevereiro
- RE 859.376: decide se, em nome da liberdade religiosa, é possível afastar a proibição do uso de boné, chapéu, óculos, lenços, entre outros adereços, em fotos para documentos civis.
- Rcl 64.018: ação contra decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram vínculo de emprego entre entregador e a plataforma de entregas Rappi.
21 de fevereiro
- ADPF 760 e ADO 54: questionam execução de plano de prevenção ao desmatamento na Amazônia durante o governo de Jair Bolsonaro.
Partidos também pedem que a corte determine o cumprimento de metas climáticas assumidas pelo Brasil e estabeleça medidas concretas para diminuir o desmatamento.
- ADPFs 743, 746 e 857: Partidos pedem plano governamental para o combate ao desmatamento na Amazônia e para a prevenção a queimadas na Floresta Amazônica e no Pantanal.
28 de fevereiro
- ARE 959.620: discute a legalidade da revista íntima em presídios e se a prática viola o princípio da dignidade da pessoa humana.
Também decide se provas encontradas durante a revista podem ser utilizadas.
- ARE 1.042.075: discute se o acesso a dados de celular encontrado no local do crime viola o sigilo telefônico.
Julgamentos virtuais
Já o Plenário Virtual da corte analisará em fevereiro uma série de ações da Procuradoria-Geral da República contra leis que limitam a inscrição de mulheres em concursos para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (clique aqui para saber mais).
As ações questionam leis dos seguintes estados: Tocantins (ADI 7.479); Sergipe (ADI 7.480); Santa Catarina (ADI 7.481); Roraima (ADI 7.482); Rio de Janeiro (ADI 7.483); Piauí (ADI 7.484); Paraíba (ADI 7.485); Pará (ADI 7.486); Mato Grosso (ADI 7.487); Minas Gerais (ADI 7.488); Maranhão (ADI 7.489); Goiás (ADI 7.490); Ceará (ADI 7.491) e Amazonas (ADI 7.492).
Na pauta da 1ª Turma do Supremo estão as denúncias contra ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do DF acusados de omissão durante os atos de 8 de janeiro de 2023, quando o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o próprio STF foram invadidos e depredados por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022.
O caso será analisado entre os dias 9 e 20, na Pet 11.008.
Foram denunciados: Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF; Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante-geral; Jorge Eduardo Barreto Naime, coronel da PM-DF; Paulo José Ferreira da Souza Bezerra, coronel; Flávio Silvestre de Alencar, major; e Rafael Pereira Martins, tenente.
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Fonte: © Conjur
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