Comunicado de Hamas: aceitou proposta de cessar-fogo israelense e termos, rejeitou elementos da oferta egípcia, negociações para acordo, israelenses forças, refúgio para deslocados palestinos, pressão militar liberta reféns no último santuário em Gaza.
O grupo militante palestino Hamas concordou nesta segunda-feira (6) com uma proposta dos mediadores por uma trégua em Gaza, mas Israel afirmou que os termos não cumprem suas demandas e seguiu com ataques contra Rafah, ao mesmo tempo em que planeja continuar as negociações por um acordo.
Enquanto o Hamas e Israel discutem os termos da trégua, a população civil em Gaza aguarda ansiosamente por um cessar-fogo que traga um alívio duradouro para a região. É crucial que ambas as partes cheguem a um acordo para garantir a paz e a segurança de todos os envolvidos.
Novas Negociações pela Trégua em Gaza
O desenrolar dos acontecimentos na guerra que já dura sete meses teve um novo capítulo quando as forças israelenses lançaram operações em Rafah, no extremo sul de Gaza, tanto por terra quanto pelo ar. A cidade era um refúgio essencial para mais de 1 milhão de palestinos deslocados.
O Hamas, em resposta, comunicou brevemente que seu líder, Ismail Haniyeh, informou mediadores do Catar e do Egito sobre a aceitação da proposta de cessar-fogo. No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a última proposta de trégua do Hamas não atendia às demandas de Israel. Mesmo assim, decidiram enviar uma delegação para negociar e buscar um acordo.
A decisão do gabinete de guerra israelense foi unânime em dar continuidade à operação em Rafah, exercendo assim pressão militar sobre o Hamas em busca da libertação de reféns e outros objetivos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, instou ambas as partes a envidarem esforços extras para alcançar um acordo, conforme seu porta-voz.
Durante as negociações, uma autoridade israelense, pedindo anonimato, afirmou que a proposta aceita pelo Hamas era uma versão diluída de uma oferta egípcia, incluindo elementos que Israel não poderia aceitar. Por outro lado, uma fonte informada sobre as negociações de paz, também sob anonimato, mencionou que a proposta aceita pelo Hamas era basicamente a mesma que Israel havia concordado no final de abril.
A busca por uma trégua é significativa, já que qualquer cessar-fogo representaria a primeira pausa nos conflitos desde novembro, durante um período em que o Hamas libertou cerca de metade dos reféns. Em meio a isso, Israel ordenou a retirada de residentes de áreas em Rafah, uma cidade na fronteira com o Egito que serviu como último reduto para metade da população de Gaza.
As operações limitadas conduzidas por Israel na região leste de Rafah foram acompanhadas por intensos ataques aéreos, causando apreensão entre os moradores palestinos. Jaber Abu Nazly, um pai de família, compartilhou sua preocupação citando os intensos bombardeios como estratégia para forçar a população a se deslocar. A incerteza sobre encontrar um refúgio seguro em Gaza permanece entre os residentes.
Fonte: @ Agencia Brasil