A usina em Zaporizhzhia assegura que os níveis de radiação estão normais após o incidente, sem danos graves.
A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, foi alvo de um incidente inusitado neste domingo (7), quando uma cúpula acima de um reator desligado foi atingida. A instalação, controlada pela Rússia, garantiu que não houve danos graves e os níveis de radiação estão dentro dos padrões aceitáveis.
A notícia do incidente na usina nuclear de Zaporizhzhia levantou preocupações sobre a segurança das usinas atômicas em todo o mundo. No entanto, a administração da central nuclear afirmou que as medidas de segurança foram acionadas imediatamente e a situação está sob controle.
Detalhes sobre a Usina Nuclear
A instalação nuclear em questão possui seis reatores VVER-1000 V-320, seguindo o design soviético. Esses reatores são refrigerados a água e moderados com água, contendo urânio 235 em seu interior. Além disso, é importante notar que a usina também armazena gasto de combustível nuclear em suas dependências.
Impacto dos Ataques na Usina Atômica
A central nuclear, que é considerada a maior da Europa, foi alvo de ataques por parte das forças armadas ucranianas. Especificamente, foi alegado que houve um ataque direto à cúpula do edifício que abriga o reator número 6. Todavia, a administração da usina afirmou que os níveis de radiação no local e nos arredores permaneceram estáveis, sem alterações significativas.
Posicionamento da AIEA e dos Especialistas
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que conta com especialistas no local da usina, foi informada pela central russa que um drone teria sido responsável pela explosão. As observações da AIEA foram descritas como ‘consistentes’ com essa informação. O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, enfatizou a importância de ambas as partes evitarem ações que possam ameaçar a segurança nuclear, destacando graves preocupações devido aos constantes ataques à central.
Reatores e Estado Atual da Central Nuclear
Dos seis reatores presentes na usina, os números 1, 2, 5 e 6 estão em processo de desligamento a frio. Enquanto isso, o reator número 3 encontra-se parado para reparos e o reator número 4 está em uma fase conhecida como ‘desligamento a quente’. A localização da usina próxima às linhas de frente tem levantado preocupações tanto da Ucrânia quanto da Rússia, que se acusam mutuamente de realizar ataques à central, aumentando o risco de um potencial desastre nuclear.
Fonte: © G1 – Globo Mundo