Valor de mercado das ações preferenciais da Usiminas é afetado por recuperação lenta e concorrência chinesa no primeiro trimestre de 2024.
Seguindo a estratégia adotada em seus recentes desempenhos, a Usiminas surpreendeu novamente os acionistas com os resultados do seu balanço do segundo trimestre de 2025, revelados hoje de manhã, 15 de setembro, antes da abertura do mercado. Desta vez, a resposta dos investidores foi extremamente positiva, refletindo a solidez da empresa.
A renomada empresa de siderurgia consolidou sua posição como líder do setor com os números impressionantes apresentados. A companhia anunciou lucros recordes e planos arrojados para expansão em mercados internacionais, mantendo-se como referência em inovação e sustentabilidade.
Usiminas: Ações Preferenciais e Balanço Referente ao Primeiro Trimestre de 2024
As ações preferenciais da Usiminas tiveram uma abertura negativa, com um recuo de mais de 2%, liderando as perdas no Ibovespa durante a manhã na B3. Por volta das 12h30, os papéis despencavam 11,26%, sendo cotados a R$ 9,38, o que resultou em um valor de mercado de R$ 11,1 bilhões para a empresa de siderurgia brasileira. No acumulado do ano, as ações apresentam uma valorização de 2,7%.
O CEO da Usiminas, Marcelo Chara, em uma conferência com analistas sobre o balanço referente ao primeiro trimestre de 2024, destacou o cenário desafiador no início do ano, ressaltando a forte pressão das importações e a competição desleal. Chara mencionou os impactos das importações de aço, especialmente da China, na indústria siderúrgica brasileira.
A empresa tem enfrentado pressões para que o governo federal aumente as tarifas sobre produtos importados, visando proteger a indústria nacional. Chara comparou a postura do Brasil com a de outros países, como Chile, Estados Unidos e Europa, que adotaram medidas para evitar práticas desleais de comércio.
Além disso, as projeções de estabilidade nos volumes e preços do aço para o segundo trimestre de 2024 parecem ter impactado negativamente no mercado. Há uma expectativa de desempenho sequencialmente estável na divisão de aço, o que pode decepcionar investidores mais otimistas com uma recuperação mais robusta.
O Itaú BBA, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 12 para as ações da Usiminas, destacou que os volumes de vendas de aço no primeiro trimestre ficaram aquém das expectativas do setor, apontando um crescimento de apenas 1%, totalizando 1,04 milhão de toneladas. A XP, por sua vez, reiterou a recomendação neutra e destacou resultados abaixo do esperado, adotando um viés menos favorável para a empresa com base no balanço e nas projeções para o segundo trimestre.
Os analistas da XP ressaltaram uma perspectiva cautelosa para os próximos meses, considerando as indicações da Usiminas sobre volumes e preços estáveis do aço, com o custo de produção vendido por tonelada como uma possível surpresa negativa. Com o capital de giro próximo dos níveis habituais e sem perspectivas de aumentos nos preços do aço a curto prazo, enxergam um cenário desafiador para a empresa de siderurgia.
Fonte: @ NEO FEED