A partir de janeiro de 2027, o Padrão ISSB (Internacional for Sustentabilidade e Clima, da IFRS Foundation) obrigatória no Brasil. Consiste em termos de governança, estratégia, riscos, métricas, metas, adereção e jurisdições, relacionados aos pilares S1 e S2 da ISSB. O Conselho Internacional de Padrões regula as normas IFRS e ISSB.
A empresa de mineração Vale anunciou sua decisão de adotar o padrão do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês) para a elaboração e divulgação de relatórios financeiros, alinhando-se às normas IFRS S1 e S2, que abordam questões de sustentabilidade e clima. A medida atende à Resolução 193/23 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estabelece a obrigatoriedade desse novo padrão para empresas listadas na B3 a partir de janeiro de 2027, mas incentiva a adoção voluntária de forma antecipada.
O vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, Gustavo Duarte Pimenta, ressaltou que a adoção antecipada do ISSB representa um avanço significativo para a transparência da empresa perante investidores e a sociedade. A expectativa é que o primeiro relatório seguindo o novo padrão internacional seja apresentado em 2025, referente às atividades do ano de 2024. Essa iniciativa reforça o compromisso da Vale com a divulgação de informações claras e relevantes sobre suas práticas e desempenho, contribuindo para uma maior confiança e engajamento dos stakeholders.
Adoção do ISSB: Avanços e Impactos nas Normas de Sustentabilidade
A formação do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB) foi um marco anunciado em 2021 durante a COP 26 em Glasgow, na Escócia, pela IFRS Foundation. Esta organização, atuante desde 2001, é responsável por estabelecer a padronização de relatórios financeiros mais amplamente adotada no mundo, as IFRS Accounting Standards, obrigatórias em mais de 140 jurisdições.
Essas normas representam uma linguagem global de contabilidade que visa evidenciar a saúde financeira das empresas, permitindo a análise da evolução dos números ao longo do tempo e a comparação com outras organizações. Essa transparência é fundamental para que investidores possam avaliar com precisão os riscos e oportunidades de seus investimentos.
Em junho de 2023, foram introduzidas duas novas normas: a IFRS S1, focada em informações relacionadas à sustentabilidade, e a IFRS S2, dedicada a divulgações sobre o clima. Essas normas exigem a divulgação dos riscos que as empresas enfrentam em relação a eventos climáticos extremos no curto, médio e longo prazo, reforçando a importância da responsabilidade ambiental e social.
Os requisitos dessas normas estão fundamentados em quatro pilares essenciais: governança, estratégia, gestão de riscos, métricas e metas, que orientam as empresas na divulgação de informações relevantes para seus stakeholders.
Mais de 20 jurisdições, representando mais da metade do PIB Global e das emissões de gases de efeito estufa, já manifestaram sua adesão às normas do ISSB. O Brasil se destacou como o primeiro país a adotar essas diretrizes, demonstrando seu compromisso com a transparência e sustentabilidade em suas práticas empresariais.
A Vale, empresa referência em sustentabilidade, aderiu aos padrões de divulgação de informações financeiras alinhadas com as normas do ISSB desde 2021, seguindo o padrão de Relato Integrado. Gustavo Pimenta, responsável pelo processo de adoção do ISSB na companhia, destaca a importância da supervisão do Conselho de Administração e dos Comitês de Auditoria e Sustentabilidade nesse processo de transição.
A implementação do ISSB está impulsionando uma nova era na divulgação de informações financeiras, integrando os aspectos de sustentabilidade e clima de forma mais abrangente e transparente, promovendo uma cultura corporativa mais responsável e alinhada com os desafios atuais e futuros.
Fonte: © CNN Brasil