O programa Voa Brasil promove visibilidade do transporte aéreo, buscando gestão pública para demandas diversas em iniciativas estaduais.
O projeto Voa Brasil tem sido objeto de intensos debates entre as autoridades e as empresas aéreas nos últimos meses. De acordo com o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista para O Globo, o governo não está subsidiando as passagens. Ao invés disso, o Voa Brasil está buscando formas de aumentar a acessibilidade aérea em todo o país, através de ações como a ampliação de rotas e a modernização de aeroportos.
A iniciativa de passagens mais baratas é uma das principais metas do programa Voa Brasil. De acordo com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em declaração para a Revista Exame, o governo pretende implementar políticas que possibilitem redução nos preços das passagens aéreas, tornando o transporte aéreo mais acessível para a população em geral. Essa ação é fundamental para estimular o turismo interno e fortalecer a economia do país.
Em decorrência disso, o programa Voa Brasil busca negociar com as companhias aéreas cerca de cinco milhões de bilhetes aéreos até R$200. O objetivo do governo é fomentar o acesso ao transporte aéreo a cidadãos de menor renda. As discussões sobre o tema são longas pois envolvem impasses em diferentes frentes, como Petrobras, Ministérios da Fazenda e Tesouro Nacional.
Voa Brasil: Programa de Financiamento de Passagens Aéreas
Além disso, as companhias aéreas também possuem demandas diversas, tais quais o financiamento do combustível de aviação – que no Brasil é até 40% mais caro do que em outros países – e a redução da judicialização. Procuradas pela reportagem, Latam, Gol e Azul não quiseram se pronunciar a respeito do assunto.
Com início previsto ainda para agosto de 2023, o programa Voa Brasil, que oferece passagens a partir de R$200 para faixas sociais especificas, foi adiado mais uma vez. Cada uma das três principais companhias aéreas aderiram ao projeto a fim de combater a ociosidade dos passageiros em períodos menos procurados, como de fevereiro a junho.
Visibilidade do Programa Voa Brasil
Para o professor de marketing da escola de administração da ESPM, Marcelo Toledo, existe um aspecto importante do programa Voa Brasil. Mesmo que seja um projeto imediatista, pode gerar demanda em pontes aéreas que tenham dificuldades de preencher os assentos.
Já segundo o professor de economia na Fundação Dom Cabral, Eduardo Menicucci, caso não haja uma intervenção estatal, o setor corre o risco de concentração. Ou seja, as operações passariam ser geridas em um sistema bipartidário, em que duas empresas estariam controlando comercialmente todo o setor aeroviário.
Iniciativa de Passagens Mais Baratas: Programa Voa Brasil
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a participação das companhias aéreas está dividida entre Latam, com 39% de share, Gol, com 33%, e Azul, com 27,5%. ‘Se quisermos manter o setor aéreo com companhias aéreas nacionais é preciso que tenha algum incentivo que vá além de iniciativas estaduais ou isenções de imposto aqui ou ali’, diz Menicucci.
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Fonte: © Meio & Mensagem