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Para a correctora, dúvidas sobre fiscal sustainability persistem por meses: reação, autoridades, ajuste, nossa, pré-visão, taxas, câmbio, projeções, déficit, primário, contingências, limites inferiores, metas, resultados primários.
A análise mensal de cenário da XP Investimentos destaca que o aumento significativo do prêmio de risco sobre ativos brasileiros durante o mês de junho pode ter impactos prolongados no mercado financeiro. Os investidores devem estar atentos a essas mudanças para tomarem decisões mais assertivas em seus investimentos.
Para aproveitar as oportunidades do mercado, é essencial contar com o suporte de uma corretora de confiança, que possa oferecer insights e orientações personalizadas para guiar suas estratégias de investimentos. Dessa forma, é possível maximizar os retornos e minimizar os riscos em um ambiente volátil e desafiador.
Reação das Autoridades e Ajuste na Projeção de Investimentos
A corretora observa com atenção a reação das autoridades diante do cenário econômico atual, buscando aliviar os temores dos investidores. No entanto, essa resposta ainda não foi suficiente para dissipar as dúvidas de médio prazo, especialmente em relação à sustentabilidade fiscal.
Parte dos impactos já percebidos no mercado tende a ter uma persistência significativa, levando a corretora a realizar ajustes em sua pré-visão de investimentos. Nesse sentido, a taxa de câmbio também passa por uma revisão, indo de R$ 5,00 para R$ 5,40 neste ano, e de R$ 5,00 para R$ 5,15 em projeções anteriores.
Diante dessas mudanças, a corretora eleva sua projeção para o IPCA, estimando 3,8% em 2024 (anteriormente 3,7%) e 4,3% em 2025 (antes 4,0%), conforme destacado em seu relatório. Apesar do aumento do sentimento de risco, a projeção para a Selic se mantém estável em 10,50% até o final de 2025.
As simulações realizadas pela corretora indicam que, considerando os atuais fatores determinantes da inflação, a manutenção da taxa Selic estável resultaria em projeções de inflação do Copom ligeiramente acima da meta em 2026.
No que diz respeito à atividade econômica, as projeções permanecem inalteradas. A estimativa para o PIB em 2024 se mantém em 2,2%, apesar dos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul. A corretora prevê uma recuperação ao longo do ano, impulsionada pelos esforços de reconstrução e pelo mercado de trabalho aquecido. A XP agora estima um aumento de 6,0% na renda real disponível das famílias em 2024.
No campo das contas públicas, a XP revisa levemente sua projeção de déficit primário para 2024, de R$ 60,6 bilhões para R$ 54,5 bilhões. Essa revisão é justificada pela melhora nas perspectivas relacionadas a royalties e arrecadação, influenciadas pelo câmbio e seus efeitos sobre a receita do petróleo. Por outro lado, o aumento das despesas e a persistência de juros altos devem manter a trajetória de crescimento da dívida pública. A projeção para a relação entre a dívida bruta do governo geral e o PIB deve atingir 82,35 em 2026.
Destacando a importância do contingenciamento, a corretora ressalta a necessidade de ações no próximo relatório de receitas e despesas, previsto para o dia 22. Em sua análise, um contingenciamento de R$ 41 bilhões (ou R$ 26 bilhões considerando um ‘empoçamento’ de R$ 15 bilhões) seria necessário para atingir o limite inferior da meta de resultado primário. Além disso, um bloqueio de R$ 16 bilhões seria fundamental para cumprir o limite de despesas, demonstrando o compromisso do governo com as metas fiscais.
Este conteúdo foi originalmente divulgado no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Fonte: @ Valor Invest Globo