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Boliviano Antônio Carlos, ex-zagueiro, coloca Díaz em nível de grandes: “Só seis times da Série Brasileira tem GPS no ano”. Cinco jogadores de exterior em Ponte Preta e Díaz, seis jogos em casa, dever de realidade no futebol.
Aos 55 anos, Antônio Carlos Zago, ex-zagueiro da seleção brasileira, agora é reconhecido como um dos treinadores mais promissores do cenário sul-americano. Atualmente, ele está no comando da seleção da Bolívia, tendo assumido o cargo em outubro do ano passado. Sua meta é levar a ‘La Verde’ para a próxima edição da Copa América, buscando um desempenho que possa surpreender a todos.
Além de seu trabalho com a seleção boliviana, Zago também tem experiência em clubes da América do Sul, tendo passagens marcantes por equipes renomadas. Sua visão estratégica e paixão pelo futebol o tornam um nome respeitado no cenário da Copa do Sul. Com seu estilo de jogo ofensivo e organizado, ele busca sempre inovar e conquistar novos desafios, mostrando que seu legado vai além das quatro linhas.
Copa América: Desafios da Seleção Boliviana
Há 30 anos, Etcheverry e cia alcançaram esse feito em uma geração que deixou o Uruguai de fora – a Argentina só se classificou na repescagem – e que conseguiu ir aos EUA na Copa que resultaria no tetra do Brasil. A estreia na Copa América é contra os donos da casa, os EUA, em Dallas, no estádio AT&T, neste domingo, às 19h.
No bate-papo com o ge – confira os detalhes em vídeo acima, Antônio Carlos abordou as dificuldades estruturais da Bolívia e analisou os principais candidatos ao título. Ele também recordou sua demissão em sua última passagem como treinador no futebol brasileiro, após uma entrevista contundente.
‘Eu precisava ser mais político’, admitiu Zago, sobre sua saída do Coritiba no ano passado. Confira a entrevista com Antônio Carlos Zago: ge: ‘Você foi campeão com o Bolívar, no projeto do grupo City, há dois anos, e foi chamado para a seleção no fim do ano passado. Como surgiu esse convite?’ Antônio Carlos respondeu: ‘Creio que foi em cima da passagem no Bolívar mesmo, pelo trabalho que eu fiz no clube, nos dois anos em que estive lá, conquistando títulos. Acredito também por ter adotado uma abordagem diferente em relação a alguns treinadores nos últimos anos. Quando estava no Bolívar, eu estava trabalhando também no grupo City e lá você tem uma metodologia de posse de bola. E nos campos da Bolívia não é possível manter a posse, porque você tem apenas dois campos bons que oferecem condições para seguir essa metodologia. Começamos a recuperar a bola e tentar agredir o adversário com mais rapidez. Pressionar bem, principalmente quando se joga na altitude, tentar pressionar o adversário, sufocá-lo praticamente, e isso eu fiz com o Bolívar, tanto no campeonato como na Libertadores também. Acredito que isso chamou a atenção da federação, do presidente, para me tornar treinador da seleção boliviana.’
A Copa América está prestes a começar, com seis vagas diretas possíveis, e o objetivo principal é o sonho de uma nova Copa. Essa é a meta principal da seleção boliviana. ‘Sim, a meta principal são as Eliminatórias. Temos seis jogos este ano e precisamos cumprir o dever de casa. Trabalhamos muito com a realidade do futebol boliviano. Temos apenas cinco, seis jogadores que atuam no exterior. Um no Barcelona B, outro na Suíça, outro na Rússia e está indo para a Polônia, que é o Roberto Carlos, que, na minha opinião, é nosso principal jogador. Um está na LDU de Quito, tem um que joga no Brasil, na Série B, na Ponte Preta. Nossa realidade é totalmente diferente das outras seleções, onde a maioria dos jogadores atua no futebol europeu, nos EUA, o que lhes proporciona uma bagagem maior. Eles competem mais do que nós. Até porque o campeonato boliviano é um pouco inferior aos outros também. Temos também esse problema na Bolívia, de quando você está na altitude e quando vai jogar no nível do mar, onde não temos a mesma força, a mesma potência das outras seleções. Trabalhamos muito com a preparação física, para ver se conseguimos competir um pouco mais quando jogamos fora. Nas Eliminatórias, temos que estar preparados para lutar por uma vaga na próxima Copa do Sul.’
Fonte: © GE – Globo Esportes