Descrição compacta em português (BR): “Denúncia contém falsos documentos, ataques ao Judiciário e intimação contra pessoal. Hacker introu no sistema virtual do CNJ, publicou falsas informações no Diário Oficial. Secretaria revogou alvará do regimento interior da Corte. SAJ afastou funcionário, quebrando sigilo bancário: invasão, midiática, politicou urnas eletrônicas. Dispositivo hackado no GitLab do sistema de Justiça, causou vantagem.”
Na última quinta-feira, 23, foi divulgado que a polícia federal prendeu um grupo de hackers responsáveis por uma grande invasão em um banco de dados governamental. A ação dos hackers expôs informações sigilosas de milhares de cidadãos, levantando preocupações sobre a segurança cibernética no país.
Com o avanço constante da tecnologia e da informática, é essencial que medidas mais rigorosas sejam tomadas para proteger os sistemas contra possíveis invasões. As autoridades alertam para a importância de investir em segurança digital e combater o hacking de forma eficaz, a fim de garantir a integridade dos dados e a privacidade dos usuários.
Invasão Hacker no CNJ: Alvará Falso e Denúncia de Conspiração
Uma recente invasão hacker no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou um esquema intricado de falsificação de documentos e manipulação de informações. O hacker em questão, Walter Delgatti, é acusado de ter inserido um alvará de soltura falso no sistema de Justiça, com o potencial de libertar um condenado a mais de 200 anos de prisão. Essa ação criminosa despertou a atenção da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também apontou a deputada Federal Carla Zambelli como a suposta ‘autora intelectual’ por trás das invasões no CNJ.
Além do alvará falso, a denúncia da PGR destaca que Delgatti também tentou emitir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e inseriu diversos outros alvarás de soltura no sistema, incluindo um que poderia beneficiar um membro do Comando Vermelho condenado a duas décadas de prisão. Essas ações fraudulentas foram detectadas tanto no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) quanto no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).
Detalhes adicionais da denúncia revelam que Delgatti, sob suposta orientação de Zambelli, invadiu o Sistema de Automação da Justiça (SAJ) nos primeiros dias de janeiro de 2023, sem autorização legal. Além das tentativas de soltura, o hacker solicitou o levantamento do sigilo bancário do ministro Moraes. Em outra investida, em janeiro, ele invadiu o sistema GitLab do CNJ, onde publicou conteúdo difamatório sobre a estrutura judicial.
A PGR argumenta que Delgatti e Zambelli tinham como objetivo obter vantagens midiáticas e políticas, desacreditando o sistema de Justiça, em um paralelo com os ataques recentes às urnas eletrônicas. Diante dessas alegações, a PGR solicita a condenação dos envolvidos por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, com a imposição de penas agravadas e a fixação de valores para reparação dos danos causados por suas ações ilícitas. Este caso, registrado sob o processo PET 11.626, lança luz sobre os desafios enfrentados pelas instituições judiciais diante das constantes ameaças cibernéticas.
Fonte: © Migalhas