Diego Hernán Dirísio, maior traficante de armas da América Latina, foi preso em Córdoba, Argentina. Investigado por fornecimento de armas a facções brasileiras.
Diego Hernán Dirísio, conhecido como o principal traficante de armas da América Latina, acabou sendo detido pela Polícia Federal do Brasil na última sexta-feira, 2 de outubro, em Córdoba, na Argentina. As autoridades estão investigando suas atividades relacionadas ao fornecimento de armamento para diversas facções brasileiras, incluindo o PCC e o Comando Vermelho.
Além disso, suspeita-se que Diego Hernán Dirísio também tenha ligações com grupos de contrabandistas de armas em outros países da América Latina, atuando como um verdadeiro comerciante de armas em larga escala. Sua influência no mercado ilegal de armamentos é de grande preocupação para as autoridades de diversos países, que buscam acabar com as atividades desse perigoso negociante de armas.
PF brasileira confirma captura de traficante de armas
A PF brasileira foi consultada pelas autoridades do país vizinho e confirmou ser um procurado de ‘alta sensibilidade’. ‘Todo o trabalho investigativo e a prisão do foragido foram realizados pela polícia argentina’, destacou em nota.
Prisão de contrabandista de armas na Argentina
Segundo informações da Polícia Federal da Argentina, Dirísio tinha um pedido de captura internacional em ‘alerta vermelho‘ desde 5 de dezembro, por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A prisão foi feita por agentes federais da Divisão de Investigações Federal de Fugitivos e Extradições, cuja investigação teve colaboração com a Interpol.
Investigação da importadora de armas e negociação internacional de armas
A notificação de alerta para captura foi aberta pela PF brasileira em dezembro, como parte da Operação Dakovo – que investiga o esquema multimilionário de tráfico internacional de armas para a América Latina, como mostrou o Estadão. Os agentes argentinos também prenderam a esposa de Dirísio, a ex-modelo paraguaia Julieta Nardi.
Colaboração com a Interpol e a Unidade Operativa Federal
‘Por meio de extensos trabalhos de inteligência, fruto do fluído intercâmbio de informação com a Interpol brasileira e em colaboração com agentes da Unidade Operativa Federal (DUOF) de Córdoba, os agentes da Interpol Buenos Aires conseguiram identificar os traficantes na cidade de Córdoba’, explica comunicado da Polícia Federal argentina.
Comércio de armas internacionais e importações ilegais
‘As equipes foram direcionadas ao local e, após vigilância, conseguiram efetivar a detenção’, conclui. Dirísio é apontado como o dono da empresa investigada como suspeita de traficar cerca de 43 mil armas (entre pistolas e fuzis, além de munições) fabricadas na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Em três anos, teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão.
Lavagem de dinheiro e crime organizado
A importadora de armas seria baseada em Assunção, no Paraguai, e responsável pela coordenação das operações de compra e venda, segundo a investigação. O inquérito indica que Dirísio sabia que os armamentos seriam destinados ao crime organizado.
Esquema de lavagem de dinheiro e ação da PF brasileira
Os investigadores identificaram que a companhia usava um sistema de lavagem de dinheiro centralizado em Miami: o dinheiro era supostamente transferido para empresas de fachada nos Estados Unidos. Depois, uma outra companhia fictícia fazia os repasses para os fabricantes na Europa. A PF brasileira identificou que a empresa no centro do suposto esquema de tráfico importa armas há mais de uma década.
Suspeita de envolvimento de outros países europeus no tráfico de armas
Os investigadores apontam que, após a quadrilha entrar na mira da PF, os novos fornecedores também suspenderam as vendas. A medida teria feito a organização buscar armamentos em outros mercados europeus.
Fonte: © TNH1
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