Clube ofereceu mais de R$ 531 mi por naming rights da Neo Química Arena, mas acordo não foi aceito pela Hypera Pharma; gestão de Duilio Monteiro Alves tentou renegociar, sem sucesso.
A caixa Econômica Federal também negou a proposta do Santander para a renegociação do contrato de financiamento. A informação foi obtida com exclusividade pelo estadão.
Corinthians faz proposta de acordo com a Caixa para a quitação da Neo Química Arena
Augusto Melo abordou a tentativa de acordo entre o Corinthians e a Caixa pela arena em 2 de janeiro. A proposta feita pelo Corinthians foi apresentada ao banco no início de novembro.
A intenção do clube era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio, oferecendo os R$ 300 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio. O restante seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo.
A base da proposta está nesses títulos, chamados de precatórios (clique e entenda tudo detalhadamente como funcionaria a operação). Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente do banco, chegou a visitar a Neo Química Arena no fim de novembro.
Mais notícias do Corinthians:
+ Pedro Raul tem lesão na coxa direita
+ Gustavo Henrique é apresentado
Neo Química Arena antes de Corinthians x Novorizontino pelo Paulistão — Foto: Emilio Botta
Ao longo de 2023, por exemplo, o Timão repassou quase R$ 100 milhões ao banco só de juros.
No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025. A renegociação corria em paralelo à intenção do Corinthians, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena.
O clube pretendia vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.
Duilio Monteiro Alves recebeu Carlos Vieira, presidente da Caixa, na Arena do Corinthians — Foto: Rubens Machado
Na posse como presidente do Corinthians, Augusto Melo disse que não acreditava em um acordo do clube com a Caixa para a quitação do estádio.
– Perdi a eleição (de 2020) por alguns votos depois que anunciaram a venda dos naming rights. Agora tentaram (a quitação) com a Caixa e sabíamos que era impossível. Fui chamado de Pinóquio e vamos provar quem é Pinóquio. Ele (Andrés Sanchez) disse que mudaria de nome se não quitasse a arena até o dia 31. Vocês têm que cobrá-lo sobre mudar de nome – disse Augusto Melo.
O ge entrou em contato com o ex-presidente Andrés Sanchez – que rebateu na época dizendo que o acordo seria finalizado até o fim de janeiro -, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: © GE – Globo Esportes