Em 2023, política monetária dos EUA mostrou corte de juros em março, impulsionando o índice DXY. Expectativa para próxima decisão do Fed.
O dólar teve um desempenho variado em relação às outras moedas hoje, em meio à expectativa pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Apesar de manter a política monetária inalterada, a divisa dos Estados Unidos recebeu suporte próximo ao encerramento das operações em Nova York, graças à declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, indicando que um possível corte nos juros em março parece improvável no momento.
A cotação do dólar em relação a outras moedas refletiu a expectativa em torno da decisão do Federal Reserve, que, conforme o esperado, optou por não mexer na política monetária. Mesmo assim, a divisa americana recebeu um impulso graças à declaração de Jerome Powell sobre a improbabilidade de um corte nos juros já em março.
O dólar segue caindo ante rivais
No fim da tarde em Nova York, a moeda americana caía a 147,33 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,0803 e a libra tinha queda a US$ 1,2666, mantendo-se a cotação.
Dólar fraqueja em relação a outras moedas fortes
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou uma leve queda de 0,12%, atingindo 103,274 pontos.
Investidores avaliaram mudanças no comunicado do Fed, como a retirada da declaração de que poderia haver necessidade de aperto adicional.
Na coletiva pós-decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, indicou que a autoridade precisa de maiores sinais de que a inflação está em queda consolidada, e que por isso é pouco provável que o primeiro corte venha em março. A declaração deu fôlego pontual ao dólar, que caía motivado pelo comunicado da decisão.
A declaração do presidente do BC americano foi ‘surpreendentemente explícita’ e elimina a possibilidade de cortes em março, embora ele tenha sinalizado que os dados podem mudar sua visão. Depois do primeiro corte, agora previsto para maio, a consultoria aposta em reduções de 25 pontos-base por reunião, totalizando 150 pontos-base cortados até o fim de 2024, mantendo-se as expectativas para a política monetária.
O dólar avançava ante o euro e a libra, com a expectativa pela decisão do Fed. Houve, porém, perda de fôlego pela manhã, com foco em indicadores dos Estados Unidos. O índice de custo do emprego no país subiu 0,9% no quarto trimestre de 2023, quando analistas previam alta de 1,0%, indicando a movimentação da moeda americana no mercado internacional.
O relatório da ADP, por sua vez, mostrou criação de 107 mil vagas no setor privado em janeiro, quando analistas previam 145 mil, sendo influente na cotação do dólar. O índice de gerentes de compras (PMI) dos EUA, elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago, caiu de 47,2 em dezembro (dado revisado) para 46,0 em janeiro, quando analistas previam 48,1, fomentando a cotação da moeda americana.
Na América Latina, Colômbia também decidiu juros hoje, e às 18h, o BC do Chile também anunciou sua decisão. Na Colômbia, o corte foi de 25 pontos-base, movimentando o mercado de câmbio.
No comunicado oficial, a autoridade destacou que a inflação continuou caindo em dezembro, o que permite a redução. No fim do dia, o dólar recuou 0,32%, a 3.907,34 pesos colombianos, mantendo-se a cotação da moeda americana no país.
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Estadão Conteúdo
Fonte: © Jornal De Brasília
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