Segundo dados da Lei de Acesso à Informação, a Secretaria Estadual da Educação investirá R$ 900 mil mensais na assistente virtual de correção da Redação Paulista plataforma.
A inteligência artificial está cada vez mais presente em nosso cotidiano, trazendo inovações e facilidades em diversas áreas. Uma prova disso é a implementação de tecnologias de inteligência artificial em sistemas educacionais, como no caso de uma assistente de correção virtual de redações desenvolvida pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (Seduc-SP) no final de novembro de 2023. Até o momento, essa ferramenta revolucionária já analisou mais de 400 mil redações de estudantes da rede estadual, contribuindo para aprimorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.
Com o auxílio dessa IA inovadora, não apenas os alunos são beneficiados, mas também os professores que utilizam a assistente de correção virtual para agilizar e aprimorar o processo de avaliação. Essas tecnologias de inteligência artificial estão se tornando aliadas essenciais na educação, transformando a maneira como a correção de redações é realizada e proporcionando uma experiência mais eficiente e personalizada para todos os envolvidos no processo educacional.
A Evolução da Tecnologia de Inteligência Artificial na Correção de Redações
Os dados fornecidos pelo SP2 através da Lei de Acesso à Informação (LAI) revelam que o governo planeja investir, em média, R$ 900 mil mensais no uso do ‘assistente de correção virtual’, totalizando cerca de R$ 10 milhões ao longo de 2024. No primeiro mês de atividade, dezembro de 2023, foram despendidos R$ 350 mil nessa iniciativa.
Impacto da IA da Seduc na Correção de Redações
A iniciativa do governo de São Paulo de empregar inteligência artificial para aprimorar conteúdos digitais nas escolas estaduais apresenta resultados significativos. A IA da Seduc atua no auxílio à correção, permitindo que os professores revisem de forma mais eficiente. A ferramenta opera na plataforma Redação Paulista, que já estava em uso antes da incorporação das tecnologias de inteligência artificial.
Durante o segundo semestre de 2023, mais de 2,4 milhões de estudantes submeteram aproximadamente 3,5 milhões de redações. Com a assistente virtual, a Secretaria de Educação de São Paulo visa simplificar e agilizar o processo de revisão. Segundo informações divulgadas pela própria secretaria, a correção é disponibilizada exclusivamente aos professores, que têm a possibilidade de editar os comentários e notas atribuídas.
Desafios e Perspectivas na Utilização da IA na Educação
A aplicação da inteligência artificial para aprimorar a correção de redações traz consigo desafios e reflexões sobre o papel dos professores. A professora Sharlene Leite, especialista em redação para o Enem, analisa o potencial dessas tecnologias no meio educacional. Embora esteja estudando a integração da IA em suas práticas pedagógicas, ainda não implementou tais ferramentas.
Sharlene destaca a importância do papel do professor na avaliação das redações, enfatizando a subjetividade presente nesse processo. Ainda que a inteligência artificial tenha demonstrado eficácia em questões objetivas, como respostas fechadas, a interpretação e análise de aspectos mais sutis da escrita ainda representam um desafio para essa tecnologia.
A correção manual segue sendo preferível em contextos nos quais a IA apresenta limitações na compreensão aprofundada de textos. Sharlene ressalta a necessidade de uma abordagem mais específica e sensível, especialmente considerando a relevância da redação como parte significativa da avaliação de estudantes em exames como o Enem. A evolução da inteligência artificial nesse campo promete transformações, mas ainda demanda adaptações e aprimoramentos para atingir um nível de autonomia ideal na correção de redações.
Fonte: © G1 – Globo Mundo