Grupo de cientistas objetiva avançar estudos sobre o cérebro humano com experimento de EPCC, analisando fluxo sanguíneo e circulação pulsátil.
O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano, responsável por controlar todas as funções do corpo, desde as mais básicas, como respiração e batimentos cardíacos, até as mais complexas, como pensamento, emoções e memória. É composto por bilhões de neurônios que se comunicam entre si através de sinapses, formando redes neurais que possibilitam a realização de todas as atividades cerebrais. Além disso, o cérebro é responsável por processar e interpretar todas as informações sensoriais recebidas, como visão, audição, olfato, paladar e tato.
O cérebro é um órgão cerebral incrivelmente adaptável, capaz de se reorganizar e formar novas conexões ao longo da vida. Essa capacidade, chamada de plasticidade cerebral, é fundamental para a aprendizagem, memória e recuperação de lesões cerebrais. Além disso, o cérebro é altamente influenciado pelo ambiente e experiências vividas, o que pode impactar diretamente em sua estrutura e funcionamento. Em casos de lesões ou doenças que afetam o cérebro, como acidentes vasculares cerebrais ou demências, o acompanhamento médico especializado é fundamental para a reabilitação e melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Grupo de cientistas realiza experimento inovador
Um grupo de cientistas norte-americanos conseguiu manter o cérebro de um porco funcionando fora do corpo dele por cinco horas. O objetivo era estudar o órgão cerebral de uma forma nunca antes vista, sendo necessário separar o fluxo sanguíneo da cabeça do animal do restante do sistema nervoso.
O fluxo sanguíneo para a cabeça foi separado cirurgicamente da circulação sistêmica e o controle circulatório pulsátil extracorpóreo completo (EPCC) foi administrado por meio de uma aorta modificada ou artéria braquiocefálica’, explica o resumo do trabalho. Esse controle contou com um algoritmo computadorizado que manteve, por várias horas, pressão arterial, fluxo e pulsatilidade em valores próximos.
Além disso, a oxigenação cerebral, a pressão, a temperatura e a estrutura microscópica do órgão também foram mantidas como se ele estivesse dentro do animal. O experimento é um marco nos estudos sobre o cérebro e promete avanços significativos nessa área sem afetar outras funções do corpo.
Novas descobertas para a ciência
O estudo foi publicado na revista Nature em 25 de agosto do ano passado e pode ser acessado por inteiro neste link. Esta conquista representa um avanço significativo no entendimento do cérebro humano e tem potencial para revolucionar a forma como realizamos estudos relacionados a este órgão complexo.
Com a possibilidade de manter o cérebro funcionando fora do corpo, os cientistas poderão explorar novas fronteiras e realizar experimentos que antes eram impossíveis. O futuro da neurociência parece mais promissor do que nunca, e estes estudos certamente abrirão portas para descobertas inovadoras e impactantes na área.
Fonte: © CNN Brasil
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