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A empresa X, em meio ao processo de reestruturação, deu entrada hoje na 8ª Vara Empresarial, com a atualização do plano de recuperação judicial. A proposta foi elaborada com base em análises minuciosas e conversas detalhadas com os credores, visando garantir a viabilidade da companhia a longo prazo. A expectativa é que a versão revisada seja submetida à apreciação dos credores em uma assembleia prevista para o próximo mês.
Além disso, a companhia está focada em implementar uma estratégia de recuperação legal, que permita a retomada do crescimento e a superação dos desafios financeiros. A proposta para superação judicial apresenta medidas concretas e sustentáveis para a reestruturação da empresa, visando assegurar sua continuidade e a satisfação dos credores.
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Oi e o novo plano de recuperação judicial
Posteriormente, a homologação pelo juízo da recuperação judicial é o próximo passo a ser dado pela Oi, que enfrenta uma dívida de R$ 45 bilhões. Em janeiro de 2022, a empresa concretizou a venda da sua rede de telefonia móvel para o consórcio composto pelas concorrentes Claro, TIM e Vivo. Esse negócio, avaliado em R$ 16,5 bilhões, foi fechado em leilão realizado em dezembro de 2020, sinalizando um novo capítulo para a empresa.
Reestruturação de dívidas e captação de recursos
Com o novo plano de recuperação judicial, a Oi almeja realizar a reestruturação das dívidas financeiras, buscando ajustar-se à capacidade de pagamento. A companhia pretende alcançar esse objetivo sem comprometer suas operações, mantendo o foco na expansão dos negócios, especialmente no segmento de fibra óptica, que é o seu carro-chefe.
Entre as propostas do novo plano, está prevista a captação, por meio de empréstimo prioritário, de até US$ 650 milhões. Além disso, a empresa planeja buscar recursos adicionais, seja por meio de eventuais aumentos de capital ou pela contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas.
Alienação de ativos e reestruturação de créditos
Para viabilizar as operações previstas, a Oi considera a alienação de ativos, como a unidade produtiva isolada (UPI) ClientCo, que está voltada para a fibra óptica e conta com 4 milhões de clientes. A companhia também planeja eventualmente vender sua participação na V.tal, uma empresa de rede neutra.
O plano de recuperação judicial também prevê a reestruturação dos créditos de fornecedores take or pay, em consonância com as negociações em andamento com empresas de torres e satélites. Essas medidas demonstram o esforço da Oi em buscar soluções para viabilizar sua recuperação judicial.
Estratégia para o mercado de fibra óptica
No ano passado, a Oi atingiu a marca de 4 milhões de casas conectadas por fibra óptica até o final do terceiro trimestre, registrando um crescimento anual de receita de 6% para esse serviço. Dessa forma, a fibra óptica representa o principal produto da empresa, sendo responsável por cerca de 60% da receita da nova Oi (sem abranger o legado).
Para aumentar ainda mais sua participação no mercado de fibra óptica, a Oi renovou seu portfólio, oferecendo alternativas com preços mais atraentes e lançando novos produtos. A estratégia comercial da companhia tem sido mais rígida em relação à política de aquisições, visando evitar um aumento da taxa de inadimplência e garantir uma receita sustentável para a empresa.
Fonte: © Meio & Mensagem
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